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Para 25% dos trabalhadores, suas habilidades estarão obsoletas até 2029

Cenário indique uma mudança nas habilidades profissionais para mais de 40% das pessoas nos próximos anos

23 jun 2024 - 06h00
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Foto: Freepik AI

A necessidade de atualização é constante em um mercado de trabalho mais competitivo do que nunca. Além de saber disso, os trabalhadores já reconhecem que as habilidades que possuem hoje não serão mais suficientes para que eles se mantenham relevantes no futuro próximo. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Indeed, o site de empregos número 1 do mundo, um em cada quatro trabalhadores acredita que estará obsoleto até 2029.

É mais ampla, ainda, a ideia de que as habilidades atuais usadas no cotidiano não serão suficientes nos próximos anos, com 82% concordando com essa afirmação. Desses, 41% prevê mudanças significativas em sua rotina, enquanto o mesmo número acredita que as mudanças serão moderadas. Aprender a usar novas tecnologias lidera a lista de necessidades identificadas pelos trabalhadores, com 68% das respostas na pesquisa, seguido por aprender a trabalhar com inteligência artificial e com novos sistemas ou processos, ambos com 41%.

Entre outras mudanças citadas pelos trabalhadores consultados pelo Indeed estão o aprendizado de novos idiomas (38%) e aspectos mais pessoais, como melhoria no processo de análise crítica e interpretação de dados (38%), novas formas de trabalhar em grupo (26%) ou aprender mais sobre linguagens de programação e códigos (26%).

“Apesar de reconhecerem amplamente que as habilidades e dinâmicas atuais não serão suficientes para as mudanças a caminho no mercado de trabalho, os trabalhadores também estão confiantes de que serão capazes de se atualizar e buscar as novas habilidades necessárias para se manterem relevantes”, afirma Lucas Rizzardo, diretor de vendas do Indeed no Brasil.

A busca pelo aperfeiçoamento

Quando perguntados sobre o quão confiantes se sentiam na capacidade de adquirir novas habilidades, 32% dos participantes acreditam que o treinamento necessário virá de seus empregadores, o que pode afastar fantasmas constantes relacionados à substituição de trabalhadores ou enxugamento de postos de trabalho. Um número ainda maior, 39%, afirmou estar confiante de que poderá buscar essa atualização profissional por conta própria.

A percepção de que uma melhor qualificação possa vir dos empregadores atuais também aparece em um total de 39% de trabalhadores que consideram o treinamento dado em seus postos atuais como “muito bom”, enquanto 28% o consideraram “excelente”. No entanto, ainda há espaço para melhoria para 28%, que acharam algumas das alternativas durante essa jornada “pouco interessantes”, enquanto 4% consideraram o treinamento fornecido no trabalho atual "inútil e irrelevante".

A pesquisa também perguntou quais tipos de treinamento seriam mais úteis para se preparar para os próximos cinco anos. Os trabalhadores preferem cursos online (44%) e qualificações formais que emitam certificados (42%). Há também uma demanda crescente por métodos de ensino híbridos, combinando aulas ao vivo com professores e instrutores com aprendizado por conta própria, uma resposta dada por 40% dos entrevistados na pesquisa do Indeed.

32% dos trabalhadores gostaria de ver tais aulas acontecendo durante o expediente de trabalho, enquanto outro igual número prefere que a qualificação aconteça fora do trabalho. A busca por mentorias, ainda, foi citada por 29% dos participantes da pesquisa, enquanto 18% disseram procurar conferências e webinars como alternativa preferida para melhorar as habilidades profissionais.

A preocupação quanto à qualificação para se manter relevante no mercado de trabalho volta a aparecer em outro aspecto da pesquisa, com 51% dos profissionais afirmando que buscam aprendizado que os preparam para o longo prazo. Entretanto, outros 48% afirmam ter passado por treinamento para atender às necessidades imediatas do negócio em que estão, enquanto 33% se requalificaram completamente, adquirindo habilidades em outras áreas de trabalho – o que pode indicar uma possível transição de carreira.

"A postura atual parece diferente da que víamos nas últimas décadas, quando a maior introdução de tecnologia gerava o temor pela perda de empregos", completa Rizzardo. "Agora, há maior confiança e firmeza dos trabalhadores sobre as próprias posições e, também, do avanço necessário para que não sejam deixados para trás. Como não é possível frear as mudanças do mercado, as pessoas precisam acompanhar esses movimentos."

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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