Para 69% dos brasileiros, preços subiram muito em 2014
Percepção de que os preços subiram é muito parecida entre diferentes classes econômicas e faixas etárias
Houve um grande aumento de preços no Brasil entre dezembro de 2013 e maio deste ano. Essa é a percepção de 69% da população, de acordo com o estudo do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), realizado em parceira com o instituto Ipsos.
A percepção de que a inflação aumentou nos últimos meses é compartilhada por 67% das pessoas das classes A, B e C. O aumento de preços foi sentido por 70% das pessoas das classes D e E, segundo o estudo.
No critério por faixa etária, a pesquisa apontou que a inflação está alta para 66% das pessoas com idades entre 16 e 24 anos, 72% entre 25 e 34 anos, 69% entre 35 e 44 anos, 70% entre 45 e 59 e 65% para quem tem 60 anos ou mais.
De acordo com o diretor titular da Depecon, Paulo Francini, a percepção generalizada da inflação se deve a motivos variados. “Para os brasileiros com renda menor, a inflação de itens como alimentação pode se fazer sentir mais, enquanto os gastos com serviços podem pesar mais entre aqueles com renda maior”, diz Francini.
Entre os itens citados na pesquisa como os que mais subiram, alimentação e bebidas foram mencionados por 90% dos entrevistados. Também foram lembrados de modo significativo os itens habitação (44%) e alimentação fora do domicílio (30%). Ao mesmo tempo, 87% dos entrevistados declararam que o salário “não tem compensando o aumento de preços”.
A pesquisa ouviu mil pessoas em todas as regiões do País, entre os dias 17 e 31 de maio.
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