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Para além de viagens: como a alta do dólar impacta o seu bolso?

A moeda norte-americana está sendo cotada em seu valor mais alto da história, como efeito do anúncio do pacote fiscal do governo federal

29 nov 2024 - 08h52
(atualizado às 09h28)
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Resumo
Dólar atinge R$ 6 após medidas de corte de gastos desagradarem o mercado, afetando além do turismo, também o orçamento familiar, a competitividade das empresas e o acesso a serviços essenciais.
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O dólar bateu históricos R$ 6 esta semana, após o anúncio do pacote de medidas de corte de gastos feito pelo governo federal desagradar o mercado. A alta da moeda norte-americana causa efeitos que vão além de encarecer viagens internacionais e podem até chegar à mesa dos brasileiros. É o que explica o consultor financeiro e mestre em negócios internacionais André Charone.

"Associar o impacto da alta do dólar apenas ao turismo internacional é uma visão limitada. Ele afeta o orçamento familiar, a competitividade das empresas, o acesso a serviços essenciais e até mesmo o crescimento econômico do país. Precisamos entender essa dinâmica para criar políticas públicas mais eficazes e proteger as camadas mais vulneráveis da sociedade", diz.

Ele explica que o Brasil depende significativamente de insumos importados para diversas áreas, como indústria, medicamentos e combustíveis. "Quando o dólar sobe, o custo desses produtos também aumenta, o que pressiona a inflação", afirma.

Dólar bate R$ 6 pela primeira vez após anúncio de isenção de IR e corte de gastos:

Um desses produtos é a gasolina. "O petróleo, por ser cotado em dólar, encarece imediatamente quando há valorização da moeda norte-americana. Isso não afeta apenas quem tem carro, mas também o transporte público e o custo de distribuição de produtos, desde alimentos até medicamentos", pontua.

Charone acrescenta que insumos agrícolas, como trigo, fertilizantes e soja, também são negociados no mercado internacional, o que pode provocar aumento no produto final, como o pão e óleo.

Ele considera que o impacto do aumento de preços nesses itens essenciais é mais severo nas classes C, D e E. "As famílias de baixa renda sofrem mais porque a inflação sobre alimentos representa uma parcela muito maior de seus gastos", acrescenta.

Com a subida do dólar e o consequente aumento da inflação, a reação mais comum do Banco Central é aumentar também a taxa básica de juros, em uma tentativa de frear o consumo e diminuir o ritmo da subida de preços. A expectativa, inclusive, já é de que a Selic seja elevada em 0,75 ponto percentual na próxima reunião, em 11 de dezembro.

O aumento dos juros provocados pela alta do dólar tem efeito direto nos empreendedores, que passam a ter mais dificuldade para conseguir empréstimos e investimentos para a expansão do negócio.

Fonte: Redação Terra
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