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Para atrair passageiros, empresa aérea banca tratamento para covid-19 e até funeral

Emirates, a maior operadora de voos de rotas longas, está tentando criar formas de atrair passageiros novamente.

28 jul 2020 - 07h44
(atualizado às 08h22)
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Funcionarias da Emirates
Funcionarias da Emirates
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A Emirates se tornou a primeira companhia aérea a oferecer seguro gratuito contra a covid-19, como parte do esforço da empresa de fazer com que as pessoas voltem a voar.

Passageiros terão cobertura para tratamento médico, quarentena em hotéis e até mesmo em gastos com funeral se adoeçerem durante a viagem — não importa se a infecção ocorreu durante o voo ou depois.

A indústria global de aviação foi fortemente afetada pela pandemia e as empresas tentam criar soluções para voltar a criar demanda por voos.

"Nós sabemos que as pessoas estão desejando voar na medida em que as fronteiras do mundo estão reabrindo, mas elas estão buscando flexibilidade e garantias caso aconteça algo imprevisto nas suas viagens", disse o diretor do Emirates Group, Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum.

A oferta é válida por 31 dias a partir do primeiro voo do passageiro, e já está disponível desde agora, com término previsto para o final de outubro.

A cobertura é gratuita para todos os clientes, independente da classe de viagem ou destino. Ela também é aplicada automaticamente, sem necessidade de se registrar.

A empresa, que é sediada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, disse que o seguro cobre gastos médicos de até US$ 176,5 mi (cerca de R$ 990 mil). Gastos com diárias de hotéis de até 100 euros por dia (R$ 600) devido à quarentena também estão cobertos.

No caso de morte do passageiro devido à covid-19, o seguro cobre gastos de funerais de até 1,5 mil euros (cerca de R$ 9 mil).

Medo de voar

O número de pessoas voando de avião despencou neste ano, com o fechamento de fronteiras e os temores de passageiros de se contaminarem em voos ou aeroportos.

O cancelamento ou adiamento de grandes eventos — como os Jogos Olímpicos do Japão, festivais musicais e conferências de negócios — também teve grande impacto na demanda por voos.

No mês passado, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) alertou que 2020 será o pior ano da história do setor em termos financeiros.

A queda em receitas das companhias aéreas é estimada em US$ 84 bilhões (cerca de R$ 430 bilhões), uma queda de 50% em comparação com 2019.

A queda em demanda forçou empresas aéreas a cortar voos e demitir dezenas de milhares de trabalhadores.

Neste mês, a Emirates — que é a maior companhia aérea operando rotas longas — confirmou para BBC que pretende cortar 9 mil empregos.

O presidente da empresa, Tim Clark, disse que 10% da força de trabalho foi demitida e que esse percentual provavelmente ainda vai crescer para 15%. Antes da crise, a Emirates tinha 60 mil funcionários.

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