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Para economizar, gamers adotam "garimpo" como tática na BGS

Em meio a preços elevados, visitantes da Brasil Game Show visitam mais de um estande na área comercial antes de selar uma compra

14 out 2018 - 10h07
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Se engana quem pensa que a Brasil Game Show (BGS), a maior feira de videogames da América Latina, serve apenas para o teste de jogos recém-lançados, ou aqueles que apenas chegarão no ano que vem. O evento também serve como oportunidade para compras de bonecos, canecas, adesivos, pelúcias, camisetas e almofadas temáticas do mundo nerd, além de produtos oficiais das maiores produtoras de games, como a Sony (Playstation), Microsoft (Xbox) e Nintendo. Os preços variam desde R$ 10, em chaveiros e bottons, até R$ 5.000 em itens raros de coleção.

A área comercial da BGS 2018 contém 38 estandes de lojas dedicadas ao mundo dos games
A área comercial da BGS 2018 contém 38 estandes de lojas dedicadas ao mundo dos games
Foto: Matheus Riga / Terra

Localizada no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), a BGS reservou um espaço dentre os seus 67.619m² para que lojas pudessem comercializar seus produtos. Na área dedicada ao varejo, são 38 estandes expondo seus itens e batalhando pela atenção dos gamers. Uma dessas lojas é a Taverna do Rei, uma loja digital que tem se dedicado nos últimos anos a comparecer a eventos para estreitar os laços com o seu público-alvo. "Muita gente conhece a gente por essas feiras e é assim que a gente vai ganhando um nome, virando referência, justamente por estar nesses locais", afirma o vendedor Edson Sousa Melo

O mais importante para Melo é que as pessoas vão criando memórias afetivas com a loja por conta dessa presença nos eventos. "A gente tem ido em muitas feiras pelo Brasil todo, como a Comic-Con e as bienais do livro, e as pessoas sempre associam nossa presença a esse universo todo", diz. Além disso, o vendedor da Taverna do Rei também diz que participar de eventos como a BGS dão um bom retorno financeiro. "Depois de cada evento sempre há uma crescida de curtidas em nossas redes sociais e, consequentemente, acaba tendo um aumento nas vendas."

A Taverna do Rei é uma das 38 lojas que estão na área comercial da Brasil Game Show (BGS) 2018
A Taverna do Rei é uma das 38 lojas que estão na área comercial da Brasil Game Show (BGS) 2018
Foto: Matheus Riga / Terra

"Tem que garimpar"

Embora marcar presença dentro da Brasil Game Show seja uma boa estratégia de marketing para as lojas, o outro lado, dos consumidores, está muito mais analítico na hora de gastar o seu dinheiro. "Por impulso eu não vou sair comprando não", diz o músico Diego de Oliveira e Silva. "Tem algumas lojas que estão mais baratas, que podem até não ter muita variedade grande de produtos, mas o preço é menor." Em sua segunda vez na BGS, o baterista de 27 anos afirma que o segredo para economizar na feira de videogames é "dar uma garimpada" e andar bastante antes de comprar qualquer coisa. "A ideia é sempre pesquisar para não ter que comprar na primeria loja que você encontrar o que quer", conta.

Para economizar, algumas pessoas adotaram a estratégia do "garimpo" na BGS 2018: pesquisar bem os preços antes de comprar
Para economizar, algumas pessoas adotaram a estratégia do "garimpo" na BGS 2018: pesquisar bem os preços antes de comprar
Foto: Matheus Riga / Terra

Também adepta da "arte do garimpo", Renata Moreira, que estava acompanhada do filho Lorenzo de 12 anos, diz que a BGS apresentou alguns preços acima da média. "Tem alguns itens que estão com um valor bem salgado", diz. "Acho que não precisava ser tão caro, levando em consideração a situação do Brasil, da economia, podia ser algo mais acessível." Embora a quantia seja bem acima do esperado, Renata também pondera quanto à precificação dos itens fora da feira. Segundo ela, é preciso analisar se o produto dentro do evento está com o mesmo preço ou mais barato do que seria encontrado em outros locais comericiais. "Tem que pensar muito, não dá para comprar por impulso, senão a gente sai mais pobre do que já veio (risos)."

Enquanto uns andam pelos estandes à procura do melhor preço para determinado produto, outros adotam a estratégia de esperar até o último minuto. É o caso do estudante de Educação Física João Kleber Alves. "Eu percebi na última vez que eu vim na BGS ano passado, eu percebi que no sábado e no domingo o preço começa a cair um pouco", diz. Segundo Alves, a missão de conseguir adquirir novos itens colecionáveis neste ano vai depender do quanto o valor diminuirá até o final da feira. "Eu sempre venho com um orçamento definido, ainda não comprei nada, mas tudo está bem caro."

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Fonte: Redação Terra
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