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Para ministro, pessimismo prejudica criação de empregos

Manoel Dias (Trabalho) disse que o "governo está tomando providências para recuperar o emprego", que em janeiro teve o pior resultado da série histórica

9 mar 2015 - 15h06
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<p>A crise é mundial, não é uma exclusividade do Brasil", disse o ministro do Trabalho, Manoel Dias</p>
A crise é mundial, não é uma exclusividade do Brasil", disse o ministro do Trabalho, Manoel Dias
Foto: Marcelo Pereira / Terra

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, criticou nesta segunda-feira o clima de pessimismo que está sendo criado no Brasil, que, segundo ele, vem impedindo o País de apresentar resultados melhores em sua economia como um todo. Para ele, a crise econômica tem dimensão mundial e não é uma exclusividade do Brasil.

Dias disse que não vê problemas no mercado de trabalho, embora admita que o setor vem enfrentando algumas dificuldades neste início do ano. O ministro fez as declarações no Centro Administrativo da prefeitura do Rio de Janeiro, onde participou da solenidade de entrega de prêmios aos estudantes vencedores do 1º Prêmio Fundacentro de Composição Escrita em Segurança e Saúde do Trabalho. 

“A crise é mundial, não é uma exclusividade do Brasil. E o governo está tomando providências para recuperar o emprego, sem prejuízo de investimentos nos programas sociais. Vivendo momentos de dificuldade, mas não [estamos] diminuindo o número de empregos. No ano passado, geramos mais 400 mil empregos e esperamos, para maio e junho, a retomada do número de postos de trabalho”, afirmou.

Para o ministro, do ponto de vista do emprego, o grande desafio enfrentado hoje é a qualificação profissional do trabalhador. “É preciso permitir aos trabalhadores brasileiros o acesso às novas tecnologias de ponta, para que possamos não só manter a nossa posição de sétima maior economia mundial, mas até mesmo galgar novas posições no ranking.”

Manoel Dias criticou o pessimismo com que a economia do País vem sendo tratada e lembrou que, nos últimos 12 anos, o País criou um estoque de 21 milhões de empregos e que, em dezembro, bateu o recorde, alcançando “a menor taxa de desemprego da série histórica”.

Ao comentar o desempenho do mercado de trabalho, que, em janeiro, teve o mais fraco resultado da série para o mês – a população desocupada teve a maior alta da série histórica –, o ministro do Trabalho disse que foi uma situação atípica. Ele explicou que os problemas em janeiro decorreram de demissões no comércio, referentes a contratações temporárias feitas no fim do ano passado. "Foram quase 80 mil [trabalhadores] temporários demitidos pelo setor.”

Dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), relativos a janeiro divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a população desocupada do País aumentou 22,5% em relação a dezembro do ano passado, período em que 1,3 milhão de pessoas perderam o emprego, maior taxa da série histórica iniciada em 2003. Quando comparada a janeiro do ano passado, a queda foi de 10,7%, com 125 mil trabalhadores dispensados.

Agência Brasil Agência Brasil
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