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Parcelamento de compras pode ajudar nas contas de início de ano

O descuido pode se tornar uma bola de neve, com os juros trazendo um impacto ainda maior no endividamento

5 jan 2024 - 06h10
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Foto: Freepik

Já é de praxe que no fim do ano, por conta de festas como Natal, Réveillon e eventos de confraternização, os gastos tenham um considerável aumento. Por isso, o início do ano seguinte é muitas vezes um período de aperto. O uso do cartão de crédito, tão popular entre os brasileiros, é uma solução prudente para arcar com os custos de presentes, passeios, viagens e alimentação. Porém, sem o devido planejamento, o crédito pode gerar ainda mais endividamento e prejuízos financeiros.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) em parceria com o Instituto Datafolha, neste ano 38% dos brasileiros devem utilizar o cartão de crédito para as compras de Natal, enquanto o dinheiro em espécie está em segundo lugar na preferência, com 35%, e o Pix em terceiro, com 29%. Porém, o uso equivocado é o que gera problemas. 

No mês de dezembro temos as maiores volumetrias de propostas de crédito, mas também é um mês que gera as maiores inadimplências, que começam a aparecer nos meses de janeiro e fevereiro.

E quando as instituições financeiras oferecem aumento no limite para ajudar – e incentivar – as compras de final de ano, o risco de inadimplência aumenta também. O mau planejamento pode fazer com que a pessoa use todo o limite, sem se atentar para o fato de que não terá dinheiro suficiente para quitar as dívidas no mês seguinte.

É preciso ter planejamento financeiro

O planejamento financeiro é a solução mais eficaz para que o crédito seja de fato um aliado, e não algoz. O preferível é que o planejamento se inicie meses antes, no qual se crie uma reserva para os gastos em dezembro. 

Contudo, ainda que não seja possível, é importante estar atento ao orçamento familiar para não gastar mais do que se ganha. O parcelamento das compras ajuda a diluir o gasto para que se possa pagá-las ao longo dos meses seguintes, mas até esse parcelamento deve ser inteligente, para que as faturas posteriores não tenham valores muito acima do que se pode bancar.

E é importante frisar: não é porque o limite aumentou que é preciso utilizá-lo inteiro. Gaste o que for necessário no período, tendo em mente que o mês de janeiro traz também seus próprios gastos, como férias escolares, impostos, alimentação, e muito mais. 

O descuido pode se tornar uma bola de neve, com os juros trazendo um impacto ainda maior no endividamento.

Se a pessoa já está enfrentando problemas com inadimplência, o programa Desenrola pode ser um importante aliado. As facilidades oferecidas e as boas condições de renegociação de dívidas ajudarão a tirar as restrições do nome, trazendo oportunidades de oferta de crédito no final de ano. Com cuidado e planejamento, é possível passar por esse período de festas sem maiores complicações financeiras.

(*) Renata Midori é gerente executiva de Planejamento de Crédito da DM, grupo de serviços financeiros especializado em gestão de crédito.

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