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Paridade internacional de preços é 'abstração', e Petrobras vai 'jogar jogo do mercado', diz Prates

Enquanto PPI for regra, será cumprida, diz presidente da empresa; mudanças podem ocorrer a partir de maio, após assembleia eleger novo conselho de administração

2 mar 2023 - 19h47
(atualizado às 20h26)
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Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que durante a sua gestão quer mostrar aos acionistas da estatal que é bom ser sócio do Estado brasileiro.
Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que durante a sua gestão quer mostrar aos acionistas da estatal que é bom ser sócio do Estado brasileiro.
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

Em sua primeira entrevista para a imprensa como presidente da Petrobras, Jean Paul Prates deixou claro que não haverá intervenção do governo nos preços dos combustíveis, mas que a política de paridade de importação (PPI) está com seus dias contados. Segundo ele, "se é mercado, vamos jogar o jogo do mercado".

Para o executivo, o PPI é uma abstração. "A Petrobras vai praticar preços competitivos para o mercado dela, conforme achar que tem que ser para garantir sua fatia de mercado, onde estiver presente. Se for o PPI, que seja, mas em alguns casos talvez não seja. O PPI só garante ao concorrente uma posição mais confortável. A minha função é ser competitivo", disse Prates na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.

Ele afirmou que o PPI foi criado pelos governos anteriores para abrir espaço para o importador, e que esse não é o seu objetivo, mas sim manter e expandir o mercado da Petrobras no segmento de derivados. Prates acusa os governos anteriores de terem sido intervencionistas ao obrigar a Petrobras a praticar o PPI.

"Não seguir o PPI não quer dizer que a Petrobras vai se afastar da referência internacional. A Petrobras vai praticar o preço do mercado em que estiver atuando", disse, confirmando declarações feitas ao Estadão/Broadcast mesmo antes de ser confirmado no cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Prates defende preços regionalizados, partindo do princípio que cada região do Brasil, um País continental, tem suas peculiaridades e diferenças.

"A diferença da Petrobras do governo anterior para a do atual é que nós vamos nos defender. Enquanto houver fatia de mercado para a Petrobras catar, ela vai catar. Praticar preços internacionais só para deixar entrar concorrentes não vai acontecer", explicou.

Ele ressaltou, porém, que enquanto o PPI for uma regra para a empresa, a política será cumprida, mas a partir de maio, após a Assembleia Geral Ordinária (AGO) para eleição do novo conselho de administração da companhia, mudanças podem ocorrer.

"Não existe bala de prata, não existe um único preço de referência para o Brasil todo. O PPI virou um dogma, tudo é PPI. O mercado brasileiro é diferente, é diverso", avaliou. "É como imaginar o café. O café é cotado internacionalmente, mas quem moi e torra café no Brasil e transforma em pó de café, vende nos mercados domésticos de acordo com a competitividade daquele mercado. Esta é a política de preços que a Petrobras vai fazer: dela para os clientes dela", explicou.

Estadão
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