Partidos se unem contra mais impostos na reforma tributária
Presidentes do Cidadania, DEM, MDB, Novo, Podemos, PSDB e PV fazem pacto contra proposta do governo Bolsonaro
Os presidentes de sete partidos de centro assinaram um acordo para que suas bancadas no Congresso Nacional atuem contra uma eventual elevação dos impostos durante a análise da proposta de reforma tributária enviada ao Legislativo pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.
Assinam o documento os presidentes de Cidadania, DEM, MDB, Novo, Podemos, PSDB e PV. Os dirigentes partidários também prometem trabalhar juntos para avançar "em uma pauta conjunta, que represente um melhor caminho para o Brasil, diferente dos extremos", afirma a nota assinada por eles.
"Como um dos pontos de convergência, estabeleceram trabalhar com suas bancadas no Congresso Nacional contra o aumento de impostos no país, que está proposto na reforma tributária encaminhada pelo governo Bolsonaro", afirma o documento divulgado na noite de quarta-feira.
"Esses partidos trabalharão unidos com o objetivo de impedir o aumento de tributos para o povo brasileiro, prejudicando pequenas empresas e a geração de empregos, principalmente neste momento ainda delicado de pandemia."
Também na quarta, mais de 100 associações empresariais e entidades assinaram carta direcionada ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em que criticaram o que chamaram de pressa na tramitação da reforma tributária, rechaçaram pontos da proposta e argumentaram que o projeto desestimula a atração do investimento produtivo, prejudica a geração de empregos e dificulta o crescimento econômico.
O presidente da Câmara, por sua vez, afirmou também na quarta que a proposta de reforma tributária --com a assinatura do ministro da Economia, Paulo Guedes-- não será votada pelos deputados enquanto o texto não estiver maduro.
"É importante dizer que o conceito está indo no caminho certo para corrigir distorções. Não teremos postura arrecadatória", disse Lira no Twitter. "O Legislativo tem força para debater e fazer as contas. Não votaremos este texto enquanto não estiver maduro e discutido com todas as bancadas."