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Pátria compra braço de private equity da gestora Aberdeen por R$ 620 milhões

Com aquisição, a quinta desde a abertura de capital em Nova York, em 2021, total de recursos sob gestão chega a US$ 38 bilhões

16 out 2023 - 11h12
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São Paulo - A gestora brasileira Pátria adquiriu o braço de private equity (de compra de participações em empresas) da gestora global Aberdeen, sediada na Escócia, em um negócio de 100 milhões de libras (cerca de R$ 620 milhões). Com isso, o Pátria passa a deter US$ 38 bilhões sob gestão. Esta é a quinta aquisição feita pela gestora brasileira desde sua listagem na Bolsa de Nova York, em 2021, quando tinha US$ 14 bilhões sob gestão.

Com a aquisição, o Pátria deve criar uma plataforma para negócios de private equity global. A nova vertical será chamada de Global Private Markets Solutions (GPMS) e será liderada por Marco D'Ippolito.

Dos 100 milhões de libras do negócio, 60 milhões devem ser desembolsados na conclusão da transação. Conforme comunicado encaminhado à Security and Exchange Comission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana), esses recursos serão financiados por meio de linhas bancárias, com vencimento em 36 meses. Outros 20 milhões de libras serão pagos em 24 meses após o fechamento da transação e os demais 20 milhões de libras em 36 meses, a depender de fatores relacionados ao desempenho.

O Pátria espera que o negócio, que depende de aprovação de órgãos de regulação, esteja concluído no primeiro semestre de 2024.

O braço de private equity da Aberdeen tem atualmente US$ 9 bilhões de ativos sob gestão e gera US$ 7,8 bilhões em Earning Assets Under Management (FEAUM), equivalente ao total de capital administrado que gera comissões (receita). O Pátria tem US$ 1,3 bilhão em FEAUM, por meio de fundos de fundos que direcionam recursos da América Latina para mercados globais de private equity. Com a aquisição, o Pátria diz que o FEAUM deve escalar para mais de US$ 9 bilhões.

Entre as demais aquisições de maior relevância feitas pelo Pátria estão, em 2021, a da gestora chilena Moneda, em uma estratégia de agregar clientes latino-americanos, vindos do Chile, Colômbia e Peru. O Pátria adquiriu também a VBI Real State para renovar sua gestão no setor imobiliário e ainda as gestoras Igah e Camarupin, veículos de venture capital.

Estadão
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