Patrimônio de Domingos Brazão cresceu em mais de R$ 10 mi enquanto ainda era deputado
Em sua última declaração, Domingos tinha mais de R$ 11 milhões em bens; já Chiquinho teve decréscimo de quase R$ 1 milhão entre eleições
O patrimônio de Domingos Brazão, preso em 24 de março por ser apontado como um dos mandantes da morte de Marielle Franco, deu um salto de mais de R$ 10 milhões durante seus anos como deputado estadual do Rio de Janeiro. Os valores declarados por Brazão estão disponíveis no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde o ano de 2006 - quando ele já tentava seu terceiro mandato consecutivo, do total de cinco.
Nas eleições de 2006, Domingos Brazão declarou ter R$ 1.245.289,04 em bens. Oito anos depois, seu patrimônio passou para R$ 11.427.077,27, segundo declarado por ele mesmo nas eleições de 2014. Esta foi a última eleição que ele disputou, antes de se tornar conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio.
Em seu último mandato, o salário de um deputado estadual no Rio de Janeiro era de pouco mais de R$ 20 mil. Quando passou a ser conselheiro, Brazão passou a receber mais de R$ 30 mil.
Em sua lista mais recente de bens declarados ao TSE estão diversos terrenos e imóveis, investimentos bancários e em fundos, empréstimos a terceiros e dinheiro em espécie.
Em comparação com o irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, também preso por suspeita de encomendar a morte de Marielle Franco, tem uma declaração de bens mais modesta. Em 2022, ele declarou ao TSE ter R$ 2.507.354,31 em patrimônio.
Os dois têm investimentos similares. Assim como Domingos, Chiquinho também declarou muitos imóveis, terrenos e investimentos bancários. A principal diferença é que Chiquinho informou que teve decréscimo em seus bens: em 2018, quando se elegeu a primeira vez como deputado federal, ele tinha R$ 3.410.669,65 em patrimônio declarado.