Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA caem mais do que o esperado
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, o que é consistente com um arrefecimento gradual das condições do mercado de trabalho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 22.000, para 220.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 14 de dezembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 230.000 pedidos para a última semana.
Os pedidos entraram em um período de volatilidade, o que pode dificultar a obtenção de uma visão clara do mercado de trabalho. Uma série de indicadores, incluindo pedidos de auxílio-desemprego e vagas de emprego, sugerem que as condições estão muito mais frouxas do que antes da pandemia de Covid-19, mas o mercado de trabalho está desacelerando de forma ordenada.
Um salto na taxa de desemprego para 4,3% em julho, de 3,7% no início do ano, fez com que o Federal Reserve desse início ao seu ciclo de afrouxamento da política monetária com um corte de 0,5 ponto percentual na taxa de juros em setembro.
Na quarta-feira, o chair do Fed, Jerome Powell, disse a repórteres que os "riscos negativos do mercado de trabalho parecem ter diminuído".
Na véspera, o banco central dos EUA cortou sua taxa de juros de referência em 25 pontos-base, para a faixa de 4,25% a 4,50%. Ele projetou apenas dois cortes no próximo ano, abaixo dos quatro previstos em setembro, citando a resiliência econômica e a inflação ainda elevada.
Há também incerteza quanto às políticas do novo governo do presidente eleito Donald Trump, incluindo tarifas sobre produtos importados, cortes de impostos e deportações em massa de imigrantes sem documentos, que os economistas alertaram que seriam inflacionárias.
O Fed aumentou sua taxa de juros em 5,25 pontos percentuais entre março de 2022 e julho de 2023 para controlar a inflação.