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Pena de delatores cai de 283 para 7 anos, diz jornal

18 jan 2016 - 08h07
(atualizado às 08h08)
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Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, é um dos que tiveram sua pena reduzida
Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, é um dos que tiveram sua pena reduzida
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil / O Financista

De 283 anos e 9 meses para seis anos e 11 meses de reclusão somados. Esse será o novo tempo de pena para 13 delatores da Operação Lava Jato após a colaboração com a Justiça. As informações são do jornal Folha de S. Paulo

De acordo com o jornal, os dados foram levantados com base no balanço divulgado pelo juiz Sergio Moro no fim de 2015 levando em conta apenas os processos em que o juiz já definiu as sentenças. 

Para Moro e os integrantes da força-tarefa da operação, as delações têm sido importantes para o avanço das investigações. "Nos acordos de colaboração, o princípio é de que se troca um peixe por um cardume, ou um peixe pequeno por um peixe grande", diz o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da operação. Segundo ele, "as operações são feitas para alcançar provas em relação a diversas outras pessoas e para recuperar o dinheiro desviado." 

Os acordos feitos- foram cerca de 40 - permitiram acusações por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa contra 179 pessoas, sendo que 80 delas já foram condenadas- as penas totais somam 783 anos de prisão.

Saiba quem são os delatores e suas penas:

Delator Antiga Pena Após a delação
Alberto Youssef (doleiro) 82 anos e 8 meses 3 anos (regime fechado)
Augusto Mendonça (ex-executivo da Toyo Setal) 16 anos e 8 meses Não foi preso e passará 4 anos em regime aberto
Dalton Avancini (ex-presidente da Camargo Corrêa) 15 anos e 10 meses 3 anos e 3 meses (sendo 2 anos no semiaberto, 1 ano em prisão domiciliar e 3 meses em regime fechado)
Eduardo Leite (ex-vice-presidente da Camargo Côrrea) 15 anos e 10 meses 3 anos e 3 meses (sendo 2 anos no semiaberto, 1 ano em prisão domiciliar e 3 meses em regime fechado)
Fernando Baiano (apontado como operador do esquema) 16 anos, 1 mês e 10 dias 4 anos (sendo 2 anos em semiaberto, 1 ano em prisão domiciliar e 1 ano em regime fechado)
Julio Camargo (lobista, representava a Toyo Setal) 26 anos Não foi preso e passará 5 anos em regime aberto
Mario Goes (Lobista)

18 anos e 4 meses

3 anos, 5 meses e 25 dias (sendo 2 anos em regime semiaberto, 1 ano em prisão domiciliar e 5 meses e 25 dias em regime fechado)
Nestor Cerveró (ex-diretor internacional da Petrobras) 17 anos, 3 meses e 10 dias 3 anos (divididos entre prisão domiciliar e regime fechado)
Paulo Roberto Costa (ex-diretor de abastecimento da Petrobras) 39 anos e 5 meses 2 anos e 6 meses (sendo 1 ano em regime semiaberto, 1 ano em prisão domiciliar e 6 meses em regime fechado)
Pedro Barusco (ex-gerente da Petrobras) 18 anos e 4 meses 2 anos (regime semiaberto)
Rafael Ângulo (trabalhava para Youssef) 6 anos e 8 meses 2 anos (regime semiaberto)
Carlos Alberto Pereira da Costa ( trabalhava para Youssef) 7 anos e 8 meses Negociou acordo que ainda não foi divulgado
João Procópio (trabalhava para Youssef) 3 anos 2 anos e 6 meses (prisão domiciliar)
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