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Pena de pássaro é leiloada por R$ 150 mil e bate recorde; entenda o motivo de a peça ser cobiçada

Último registro de aparição da ave é de 1907; popularidade de suas penas explica, em parte, a sua extinção

27 mai 2024 - 18h25
(atualizado às 19h56)
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Pena foi vendida por cerca de R$ 147 mil, superando o recorde anterior, de 2010
Pena foi vendida por cerca de R$ 147 mil, superando o recorde anterior, de 2010
Foto: Webb's/Reprodução

Na Nova Zelândia, uma pena de uma ave já extinta bateu o recorde de mais cara vendida em leilão. A peça foi adquirida por quase 46.250,50 dólares neozelandês, o equivalente a cerca de R$ 147 mil. O valor ultrapassou em 450% o recorde anterior.

A peça foi arrematada na Casa de Leilões Webb's. Em nota de anúncio do leilão, a casa estimou que a pena poderia alcançar um valor entre R$ 6.350 e R$ 9.500 (ou seja, entre 2 mil e 3 mil dólares neozelandês).

O item pertence ao pássaro huia (Heteralocha acutirostris), observado pela última vez em 1907. Os chefes e suas famílias dos povos originários da Nova Zelândia, os Maori, vestiam as penas na cabeça. As peças também eram usadas para presentes ou trocas.

Em 1901, o Duque de York foi fotografado usando uma pena de huia em seu chapéu durante uma visita, o que aumentou a popularidade da pena. Segundo a casa de leilões, a isso explica em parte o fim do pássaro huia.

A pena se distingue pela ponta branca no topo da pena, que tem cor marrom. Essa característica a torna cobiçada para decorações em chapéus.

O recorde anterior de pena leiloada mais cara datava de 2010 também na Casa de Leilões Webb's e da mesma ave. Na época, a compra custou mais que R$ 26 mil (8,4 mil dólares neozelandês).

Huia era um pequeno pássaro de canto harmonioso endêmico na Nova Zelândia, conhecido pela bela plumagem e habilidades de salto.

O Ministério da Cultura e do Patrimônio do país e o Museu Memorial de Guerra de Auckland têm registro permanente do item reconhecendo sua importância. Por isso, apenas colecionadores registrados poderiam comprá-lo. A pena também só pode deixar a Nova Zelândia com permissão do Ministério da Cultura e do Patrimônio.

Estadão
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