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"Pensam que reggae não dá dinheiro": Maneva celebra sucesso financeiro em 20 anos de estrada

Em boa fase, grupo acaba de lançar seu 14º álbum, com os visuais gravados no Chile

24 set 2024 - 05h02
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Integrantes do Maneva no Chile
Integrantes do Maneva no Chile
Foto: @instagram | Reprodução

Em 2024, o grupo Maneva completa 20 anos de estrada. Dos anos 2000 para cá, muita coisa mudou, inclusive, a realidade dos integrantes da banda, Diego, Tales, Fernando, Felipe e Fabinho. De origem humilde, hoje eles falam com tranquilidade que, após anos de trabalho, conseguem desfrutar de uma vida mais confortável, e dar suporte à família.

"Acho que tudo o que você tem muito trabalho e tem êxito, você prospera. Hoje a gente vive uma realidade que nem 1% da sociedade brasileira provavelmente vive. É uma parada que mudou minha vida e da minha família. Não vamos ser hipócritas, dinheiro e conforto todo mundo gosta. Eu tenho orgulho disso", declarou Tales, em conversa com o Terra. "Teria vergonha de dizer que estou trabalhando há 20 anos e não tenho um puto [no bolso]".

O percussionista Diego ainda desmistifica a ideia de que não é possível lucrar com o reggae, como muitas pessoas podem achar.

"Até para título de incentivo, às vezes as pessoas pensam que quem toca reggae não ganha dinheiro... muito pelo contrário, dá dinheiro, sim. Sabendo trabalhar direitinho e se privando de certos luxos, você consegue", recomendou.

Integrantes do Maneva no Chile
Integrantes do Maneva no Chile
Foto: @instagram | Reprodução

Nada adeptos da ostentação, os integrantes do Maneva atribuem o sucesso ao controle financeiro e à profissionalização da carreira. Para eles, por mais que a arte seja o mais importante no trabalho, é crucial ter organização e um bom planejamento no administrativo. 

"Cada um tem a sua parte na banda, seu ofício, não é largadão. É pela arte que fazemos, mas é tudo organizado, muito pé no chão e com visão de mercado", continua Diego.

Novo álbum e os perrengues no Chile

Recentemente, o Maneva lançou seu 14º álbum de estúdio, Origem. O projeto marca o retorno do grupo a trabalhos autorais após o sucesso do álbum Tudo Vira Reggae, que colocou a banda pela primeira vez no Top 50 do Spotify Brasil. Com visuais gravados no Chile, eles classificam a viagem como "dias de trabalho", mas também como "loucura divertida". 

Integrantes do Maneva no Chile
Integrantes do Maneva no Chile
Foto: @instagram | Reprodução

Com equipe enxuta, correram, suaram e carregaram equipamentos para garantir cenas com boa iluminação. De noite, mesmo cansados, embalaram boas resenhas. Todo o material foi gravado em quatro dias, uma janela entre um show e outro da banda, o que acabou tornando tudo desafiador. 

"Foi tudo muito complicado ali. Lá você não tem uma equipe extensa e você não consegue fazer tudo. A gente foi nossos próprios figurinistas, a gente pegava nossa mala, abria as malas no chão e faltava ar, porque lá o ar é muito seco, parecia que não tinha oxigênio. O clima era tão puxado que era difícil amarrar o sapato, de noite era um frio absurdo, de dia um calor absurdo, foi realmente um teste. Na sombra, é frio; no sol, é 40ºC, mas valeu a pena. Foi uma experiência muito vasta para nós", detalha Tales.

Maneva é um democracia e não pretende parar

Bem humorados, os integrantes do grupo reconhecem que já tiveram seus impasses e momentos de "tiro, porrada e bomba" nesses 20 anos de estrada. Mas nada complexo. Para manter a camaradagem e o laço familiar, eles instauraram um sistema: a democracia. 

"O bom é que a gente é em número ímpar, né? Sempre vai ter um lado vencedor", diz Diego.

Fernando, do baixo, detalha o regime.

"A gente sempre pergunta se o outro quer ou não. Se ele diz: 'Ah, não quero', mas deu 3 a 2, a regra é: acostume-se com a situação. Sempre tem uma opinião contrária ou outra e se não tem concordância geral, é isso", explica. 

Integrantes do Maneva no Chile
Integrantes do Maneva no Chile
Foto: @instagram | Reprodução

Entre uma brincadeira e outra, os integrantes parecem não ter percebido que se passaram 20 anos desde que começaram. A sensação, para muitos, é que o tempo voou. Com laço forte de irmandade e emendando sucessos, eles não se veem parando, pelo contrário.

"Cara, 20 anos de banda é tempo, hein? É uma caminhada longa. Eu acho que, entre nós, a gente vira realmente uma família, porque a gente convive mais do que com as nossas famílias e filhos. É correria, doação pro público, pra quem ouve, enfim, são 20 anos e que venham mais 20, com a mesma disposição de 20 anos atrás", diz Felipe Souza, guitarrista.

Fonte: Redação Terra
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