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Pepsi comemora 60 anos no Brasil; conheça linha de produção

9 out 2013 - 12h10
(atualizado às 12h46)
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O Rio Grande do Sul foi o berço da Pepsi no Brasil, quando no início na década de 50 um advogado português chamado Heitor Pires juntou dinheiro com a comunidade lusitana para construir a primeira fábrica em solo nacional. O traquejo empresarial desse empreendedor gerou um sucesso tamanho, que o público gaúcho acreditava que o refrigerante era um produto local que estava ganhando o mundo, sendo que até hoje os gaúchos e os catarinenses são os que mais consomem a bebida. São consumidos cerca de 550 litros por minuto nesses dois Estados. Em outubro de 2013, a Pepsi completa 60 anos e pela primeira vez abriu as portas de uma das suas fábricas no País.

A primeira unidade do Brasil, aberta em Porto Alegre, já não existe mais. Desde 1994, a produção é feita nas unidades de Sapucaia do Sul e Viamão, ambas na região metropolitana da capital gaúcha, sendo que da primeira saem quatro milhões de litros de refrigerante e outras bebidas da marca, mensalmente.

O processo é completamente automático na linha de produção e não existe contato humano até a prateleira dos supermercados. Tudo começa com os tubos de polietileno que são aquecidos a 280ºC e soprados no formato das garrafas. São produzidas cerca de 43 mil destas embalagens de 237 mililitros por hora. As garrafas de dois litros são produzidas a uma velocidade de 18 mil por hora.

Em seguida as garrafas são preenchidas com o refrigerante resfriado a uma temperatura de 4ºC, e passam por uma verificação com raios gama, que atestam a quantidade de cada uma. Ao todo, são 150 pontos eletrônicos de verificação de qualidade ao longo da produção. Na fábrica gaúcha é produzido o xarope com água e açúcar, que é misturado com o a fórmula concentrada produzida na fábrica de Manaus.

As garrafas são rotuladas e recebem os códigos de controle de produção, código da fábrica e validade (180 dias no caso da Pepsi) e partem para o setor de embalagem que monta as garrafas em fardos de 12 unidades. Máquinas organizam a produção no depósito, e partir daí o refrigerante segue nos caminhões para os pontos de venda.

Desde 2010 a empresa lançou a estratégia de comunicação com o slogan “Pode ser”, reconhecendo sua posição de mercado e inspirada na pergunta que os garçons faziam ao ouvir os clientes pedindo a rival Coca-Cola. A empresa não divulga os resultados, diz apenas que tem sido bem sucedida, mas deixa escapar que já investiu cerca de R$ 2 bilhões na expansão de suas unidades de produção.

Com noção avançada de marketing, o empresário Heitor Pires teve ideias que beneficiaram a Pepsi após sua chegada ao País, como decorar os pontos de venda com as cores da marca, usando gabaritos, usar a entrega em domicílio com caminhões identificados com a marca, além de ter sido o idealizador das tampinhas de garrafa premiadas. A ligação com a marca era tão forte no Estado, que muitos achavam que se tratava de um refrigerante gaúcho.

Fonte: Terra
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