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Peso argentino fecha em queda de 11%, maior recuo diário desde 2002

BC argentino desistiu nesta semana de sua política de amparar o peso realizando intervenções no mercado de câmbio

23 jan 2014 - 17h44
(atualizado às 17h45)
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A taxa de câmbio da Argentina sofreu nesta quinta-feira o maior declínio diário desde a devastadora crise financeira de 2002, ampliando as perdas do dia anterior, na medida em que o banco central desistiu da batalha contra a desvalorização do peso.

Após perder mais de 30% de suas reservas no ano passado, o banco central argentino desistiu nesta semana de sua política de amparar o peso realizando intervenções no mercado de câmbio.

A nova política abriu caminho para as perdas desta quinta e elevaram o temor com a taxa de inflação do país, uma das maiores do mundo.O peso argentino no mercado interbancário fechou em queda de 11%, a 8 por dólar, após ter recuado 3% na quarta-feira. No mercado paralelo, o dólar era negociado a cerca de 13 pesos.

"Ontem o banco central não comprou nem vendeu dólares, e isso mostra qual é a posição dele com relação à taxa de câmbio", afirmou o chefe de gabinete Jorge Capitanich a repórteres nesta quinta-feira. As reservas do banco central são de US$ 29,44 bilhões.

Nesta quinta-feira, o BC argentino interveio no mercado com operações que somaram apenas US$ 80 milhões, de acordo com operadores do mercado de câmbio.

Por conta dos controle de capitais, o mercado paralelo é a única maneira pela qual os argentinos conseguem comprar dólares diante da queda na confiança na terceira maior economia da América Latina e da elevada inflação. Devido à história do país com repetidas crises financeiras, os argentinos preferem poupar em dólares.

De acordo com analistas privados, os preços ao consumidor subiram mais de 25% em 2013, apesar de dados oficiais desacreditados apontarem para metade desse percentual.

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