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Pesquisa indica ligeira queda no endividamento das famílias

3 nov 2016 - 12h32
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Pesquisa mostra que proporção de famílias com algum tipo de dívida atingiu, em outubro, 57,7% contra 58,2% de setembro
Pesquisa mostra que proporção de famílias com algum tipo de dívida atingiu, em outubro, 57,7% contra 58,2% de setembro
Foto: Agência Brasil

A proporção de famílias em todo o País com algum tipo de dívida atingiu, em outubro, 57,7%, taxa ligeiramente inferior ao percentual de setembro último (58,2%) e também abaixo de igual mês do ano passado (62,1%). É o que indica a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Apesar desse recuo, comparado a outubro do ano passado, cresceu a parcela dos endividados sem condições de quitar os seus débitos. O levantamento mostra que 9,4% dos entrevistados alegaram que não conseguirão pagar as suas dívidas - e a taxa é superior aos 8,5% registrados há um ano, porém, um pouco abaixo de setembro último (9,6%).

Quase não houve alteração sobre o mês anterior na parcela de famílias que se declararam muito endividadas, passando de 14,4% para 14,2%.

Sobre o mesmo mês de 2015, houve pequena elevação de 0,3 ponto percentual. Entre as que estão atrasando o pagamento das dívidas, elas declararam ter passado em média 62,9 dias do prazo de vencimento. Em média, os débitos foram parcelados em sete meses e 33,4% disseram que costumam dividir a forma de pagamento pelo período de um ano.

E mais: 21% declararam estar com mais da metade da renda comprometida com o pagamento de dívidas. O tipo de dívida mais apontado é com o cartão de crédito, citado por 77,1% dos entrevistados, seguido pelos carnês (14,1%), e pelo financiamento de carro em terceiro (10,2%).

Para o economista da CNC, Bruno Fernandes, o nível de endividamento ainda é uma preocupação porque, no curto prazo, ainda deve prevalecer um cenário desfavorável na economia em consequência de um consumo fraco. "As famílias estão mais cautelosas e perderam o poder de compra diante da renda menor, da falta de emprego e crédito caro", justificou.

Na avaliação dele, por pelo menos até o final do primeiro trimestre de 2017 não deve ocorrer uma reversão da situação financeira dos endividados.

Agência Brasil Agência Brasil
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