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Petrobras avança 5% e garante Ibovespa com alta de 0,95%

O Ibovespa encerrou em alta de 0,95%, a 50.120 pontos, na máxima, após recuar para 49.104 pontos na mínima do dia

22 dez 2014 - 18h42
(atualizado às 18h42)
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<p>As ações da Petrobras fecharam em alta de 4,98%, tanto as ordinárias quanto as preferenciais</p>
As ações da Petrobras fecharam em alta de 4,98%, tanto as ordinárias quanto as preferenciais
Foto: Brendan McDermid (UNITED STATES - Tags: BUSINESS) / Reuters

O tom positivo prevaleceu na Bovespa nesta segunda-feira, com as ações da blue chip (de valor mais reconhecido) Petrobras retomando o fôlego e levando o índice do pregão para a máxima no encerramento dos negócios desta segunda-feira.

O Ibovespa encerrou em alta de 0,95%, a 50.120 pontos, na máxima, após recuar para 49.104 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$ 4,52 bilhões. As ações da Petrobras fecharam em alta de 4,98%, tanto as ordinárias quanto as preferenciais.

As ações da estatal chegaram a perder o ímpeto no fim da manhã, após declarações da presidente Dilma Rousseff defendendo a presidente da petroleira, Maria das Graças Foster.

A Petrobras está no centro de um suposto esquema de corrupção envolvendo contratos de obras da empresa, com envolvimento de empregados, ex-funcionários, empreiteiras e políticos.

Profissionais do mercado de renda variável atribuíram o movimento a ajustes, com a menor liquidez pela proximidade das festas de fim de ano amplificando o efeito das negociações, uma vez que o noticiário, na visão deles, não foi favorável, com Dilma defendendo Graça Foster e o petróleo recuando no mercado internacional.

Em meio a expectativas no mercado de mudanças na direção da Petrobras, Dilma disse que fará mudanças no Conselho de Administração da companhia, mas afirmou que não pretende trocar o comando operacional.

No exterior, o petróleo chegou a abrir em alta, mas abandonou os ganhos, em meio a comentários do ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, ao Middle East Economic Surve, de que convenceu a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de que não é do interesse do grupo cortar sua produção.

Bancos colaboram com a alta

Além do desempenho positivo de Petrobras, a melhora das ações dos bancos Itaú e Bradesco ajudou no fechamento positivo do Ibovespa, após o principal índice da bolsa paulista passar boa parte da sessão pressionado pela forte queda dos papéis do JBS.

<p>A produtora de carnes JBS viu suas ações despencaram quase 18% na mínima</p>
A produtora de carnes JBS viu suas ações despencaram quase 18% na mínima
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

Os papéis preferenciais de Itaú e Bradesco reverteram as perdas e fecharam com acréscimos de 0,69% e 0,84%, respectivamente, corroborando o resultado positivo, em razão da expressiva participação na composição do índice, de quase 20% na soma dos dois.

As ações do setor elétrico estiveram entre os destaques positivos, caso de Eletrobras, que subiu 5,14%; e Cemig, com alta de 4,61%. O mercado mantém expectativa positiva para o novo ciclo de revisão tarifária, bem como ajustes extraordinários.

Quedas desta segunda

A produtora de carnes viu suas ações despencaram quase 18% na mínima, com operadores citando reportagem do Valor Econômico informando que a empresa creditou R$ 800 mil em duas contas correntes de uma empresa fantasma investigada pela operação Lava Jato. O JBS divulgou comunicado em que refutou "veementemente" notícia associando a empresa com contas bancárias envolvidas na operação. Mas as ações ainda fecharam com desvalorização de 8,67%.

Ainda no setor de alimentos, a BRF também respondeu por um peso negativo ao Ibovespa, com queda de 1,26% para sua ação, após ter encerrado a última semana com ganho acumulado de quase 10%.

A mineradora Vale até flertou com o campo positivo, mas não se sustentou e ficou no grupo dos pesos negativos, após o preço do minério de ferro voltar a recuar nesta segunda.

Marcopolo caiu 2,59%, após o governo federal elevar as taxas de juros para novos empréstimos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

Analistas do Bank of America Merrill Lynch veem impactos negativos para o setor de transportes e reduziram a recomendação para a ação para "underpeform" (abaixo da média do mercado).

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