Petrobras, Caixa e BB não serão privatizadas, garante Mattar
Secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados do Ministério da Fazenda reforçou posição em evento
O secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, voltou a reforçar nesta sexta-feira (11), durante o Fórum de Investimentos Brasil 2019, que o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Petrobras não serão privatizadas neste governo do presidente Jair Bolsonaro. "No meu mandato não consta a privatização da Petrobras, nem da Caixa e nem do Banco do Brasil. Essas empresas não serão vendidas", afirmou.
A intenção do governo, segundo ele, é privatizar todas as 637 estatais, mas algumas delas, destacou, ficarão de fora. "Venderemos todas que sejam possíveis de serem vendidas", disse. Entre as que não serão privatizadas estão empresas da área de segurança nacional. "Não serão vendidas algumas empresas militares de segurança nacional e empresas que o Congresso achar que não devem ser vendidas".
Secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, diz que intenção do governo é privatizar 637 estatais - Arquivo/Agência Brasil
Mattar disse que o governo tem se reunido para definir estratégias para agilizar as privatizações. "Estamos neste momento discutindo, em diversas áreas, uma forma de como poderemos fazer isso [privatizar]. Porque tem um arcabouço jurídico já feito, complexo, que é difícil de ser mudado. Então esse é um grande desafio", disse.
A ideia do governo, segundo o secretário, é fazer um fast track [sistema de aceleração dos processos], para acelerar as vendas das estatais. "Precisamos elaborar um fast track para vender mais rápido essas empresas. Não posso citar nomes, mas a mais rápida que vamos conseguir vender, vamos gastar entre 10 e 11 meses. Uma empresa que, na iniciativa privada, seria vendida em 60 ou 75 dias".
"O Estado brasileiro é obeso, lento, burocrático e oneroso", disse, acrescentando que o governo fará o possível para reduzir o seu tamanho. "Vamos fazer o máximo para reduzir a presença do Estado e vender todas as estatais que sejam possíveis".