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Petrobras: Graça Foster vê possíveis reajustes de combustíveis em 2014

Aplicação da metodologia elaborada pela Petrobras implica em reajustes de preços de combustíveis no País

8 dez 2013 - 11h35
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<p>A presidente&nbsp;da Petrobras, Maria das Gra&ccedil;as Foster, fala ao p&uacute;blico durante uma confer&ecirc;ncia em S&atilde;o Paulo, em outubro de 2013</p>
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, fala ao público durante uma conferência em São Paulo, em outubro de 2013
Foto: Nacho Doce / Reuters

Os preços da gasolina poderão subir em 2014 com a aplicação da metodologia elaborada pela Petrobras para os reajustes de preços de combustíveis no País, disse a presidente da estatal Maria das Graças Foster em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Questionada sobre novos aumentos em 2014, ano eleitoral em que o tema inflação centraliza os debates, a presidente da estatal, afirmou que os reajustes poderão ocorrer. "É possível, pela metodologia, que nós possamos praticar novos aumentos", disse ao jornal.

A presidente disse que nunca houve planos para reajustes automáticos nos preços dos combustíveis, acrescentando que a decisão "passa pelo poder discricionário da diretoria da Petrobras". A Petrobras reajustou os preços da gasolina em 4% e do diesel em 8% no final de novembro, já em linha com os princípios de uma nova política de preços da estatal.

A nova metodologia, é mantida em sigilo por decisão da companhia, após ponderação do Conselho de Administração de que nenhuma outra fórmula de precificação é levada ao mercado, disse ela. "Não havia de fato a previsão de levar detalhes da metodologia, nem na sua versão inicial", argumentou.

No primeiro dia útil após o anúncio do reajuste, as ações da Petrobras despencaram 10%, puxando o principal índice da Bovespa, em meio à avaliação negativa de analistas que criticaram a falta de transparência sobre a metodologia.

Graça Foster reconheceu que a forte queda das ações foi muito ruim para a companhia, e acrescentou que "é preciso tempo para explicar e quantificar os efeitos da metodologia". A executiva disse que houve "intensa discussão" para a definição do reajuste, e negou notícias sobre brigas ou embates entre ela e o ministro da Fazenda e presidente do Conselho da estatal, Guido Mantega, sobre a questão. "Briga, embate, eu não confirmo de forma alguma", disse. "Não é uma discussão trivial. Mas queda de braço não houve."

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