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Petrobras muda critério de batismo de plataformas, as primeiras terão nomes de militares

31 jul 2020 - 17h52
(atualizado às 18h32)
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A Petrobras encerrou uma longa tradição para batismo de plataformas com nomes de cidades do litoral brasileiro e informou que passará a homenagear personalidades nacionais para suas unidades afretadas.

Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro 
28/11/2007
REUTERS/Bruno Domingos
Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro 28/11/2007 REUTERS/Bruno Domingos
Foto: Reuters

Entre os escolhidos para a homenagem estão dois militares, Almirante Barroso e Almirante Tamandaré, e duas mulheres envolvidas em movimentos militares de época: Anita Garibaldi, que participou da Revolução Farroupilha, e a enfermeira Ana Néri se voluntariou para a Guerra do Paraguai.

A ideia é passar a homenagear "heróis nacionais, que estão no panteão brasileiro", informou o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, em coletiva de imprensa para detalhar o prejuízo de R$ 2,7 bilhões da companhia no segundo trimestre do ano, período afetado pela pandemia.

Seguindo a tendência do governo de Jair Bolsonaro de ampliar a presença de militares no Executivo, a estatal tem hoje dois militares em seu conselho de administração. O órgão responde formalmente ao Ministério de Minas e Energia, comandado pelo almirante Bento Albuquerque.

Tamandaré batizará a maior plataforma flutuante (FPSO) do país. A unidade, ainda a ser construída, produzirá no campo de Búzios, principal descoberta de petróleo no mundo neste século.

O FPSO Almirante Tamandaré poderá produzir, sozinho, 225 mil barris por dia, ou metade da atual produção da Venezuela.

Os FPSOs Ana Néri e Anita Garibaldi ficarão no campo de Marlim, no litoral do Rio.

Até agora, plataformas afretadas (uma espécie de aluguel) ganhavam nomes de cidades litorâneas localizadas próximas a campos de produção.

Plataformas próprias da Petrobras são numeradas, precedidas pela letra "P".

A Petrobras, endividada, optou na última década por afretar plataformas de fornecedores, diluindo o custo bilionário de cada construção ao longo de 15, 20 anos de contratos com taxas diárias.

Neste mês, a empresa anunciou a intenção de retomar plataformas próprias --em que a empresa paga pela sua construção --com a P-78 e a P-79.

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