Petrobras: orientação é pela manutenção do preço da gasolina
A Petrobras afirmou na noite desta quarta-feira que a orientação do seu Conselho de Administração tem sido pela manutenção dos níveis de preços da gasolina e do diesel, segundo um comunicado de esclarecimento de notícias veiculadas na imprensa.
A estatal ainda reiterou uma informação divulgada na terça-feira de que, até o momento, não há data ou percentual definidos para reajuste no preço da gasolina e do diesel. Na terça-feira, quando o Conselho se reuniu por várias horas, havia forte expectativa do mercado de que um aumento de preços fosse anunciado, o que acabou não ocorrendo.
A estatal acumula perdas bilionárias ao longo de 2014 e dos últimos anos devido à defasagem das cotações de venda no mercado interno na comparação com os valores internacionais, em meio a volumosas importações. Mas, recentemente, com a acentuada queda do petróleo e o impacto do valor da commodity na cotação dos combustíveis no exterior, a defasagem do preço foi sendo reduzida e, no caso da gasolina, até chegou a deixar de existir.
O Conselho, entretanto, é presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, representante do sócio controlador, o governo, que com um reajuste de combustíveis correria o risco de não cumprir a meta de inflação neste ano, que já está rondando acima do teto no acumulado de 12 meses.
Em conformidade com esta política, durante as reuniões de Conselho Administração, a Diretoria Executiva apresenta aos conselheiros os indicadores que servem de balizamento para eventuais ajustes nos preços, explicou a estatal, acrescentando que "a orientação do CA (Conselho) tem sido pela manutenção dos níveis de preços".
Nova reunião
A nota de esclarecimento afirmou ainda que está agendada uma nova reunião do Conselho de Administração para o próximo dia 14 de novembro, cuja pauta prevê a apresentação das Demonstrações Financeiras do 3º trimestre de 2014.
A Petrobras disse ainda que "não procede a informação que a PriceWaterhouseCoopers (PWC) haveria se negado a aprovar as Demonstrações Financeiras da companhia", em meio a denúncias de corrupção levantadas pela operação Lava Jato, da Polícia Federal.
"Neste momento, os trabalhos de auditoria independente da PWC estão em andamento", afirmou. No fim de outubro, a petroleira contratou duas empresas independentes para investigar as denúncias feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso na operação da Polícia Federal.