Petrobras (PETR4): como analistas veem o novo plano estratégico?
Na noite desta quinta-feira (21), a Petrobras (PETR4) divulgou seu novo plano estratégico para o período entre 2025-29 e anunciou R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários. Após o movimento, algumas casas de análise emitiram relatórios sobre o tema.
Entre os destaques do novo plano estratégico da Petrobras está a previsão de investimentos de US$ 111 bilhões no período, sendo US$ 98 bilhões na Carteira de Projetos em Implantação e US$ 13 bilhões na Carteira de Projetos em Avaliação.
Além disso, o nível mínimo de caixa foi reduzido para US$ 6 bilhões, ante US$ 8 bilhões, e o teto da dívida foi ampliado para US$ 75 bilhões, ante US$ 65 bilhões.
Em relatório, o Itaú BBA afirma que as alterações referentes à dívida aumentam a flexibilidade para pagamento de dividendos da Petrobras.
A casa vê a petroleira com potencial de pagamento de proventos superiores devido à estrutura financeira revisada e reforça recomendação outperform (compra) para as ações da Petrobras (PETR4), com preço-alvo de R$ 48.
O BTG Pactual, por sua vez, chama a atenção para o fato de que o capex da Petrobras, estimado em US$ 111 bilhões para os próximos cinco anos, pode ser inferior ao projetado por conta de gargalos no setor.
A casa vê margem para dividendos extraordinários da Petrobras, especialmente se fusões e aquisições não foram priorizadas pela companhia.
Assim, os analistas do BTG mantêm a Petrobras como "top pick" do setor, destacando a posição da empresa como produtora de baixo custo, além do potencial de dividendos atrativos, mesmo com riscos envolvendo os preços do petróleo e ruídos políticos.
O BTG Pactual tem preço-alvo de US$ 19 para as ADRs da Petrobras negociadas em Nova York. A recomendação é de compra para as ações.
O relatório do Goldman Sachs também destaca a elevação do teto da dívida da Petrobras como algo que pode se traduzir em uma maior remuneração aos acionistas.
Por outro lado, apesar de bons fundamentos, a casa vê espeço limitado para reavaliação das ações PETR4, devido aos riscos de excesso de oferta no mercado de petróleo e incertezas políticas.
Mesmo assim, o Goldman Sachs recomenda compra para a ação da Petrobras, com expectativa de dividend yield na casa dos 14% para 2025. O preço-alvo da casa é de R$ 48,10.
Em suma, as três casas entendem que o plano veio alinhado com as expectativas e destacam a revisão das metas financeiras que favorecem os dividendos.
O Itaú BBA e o BTG Pactual veem a Petrobras como oportunidade atrativa no curto e médio prazos, enquanto o Goldman Sachs cita alguns riscos que limitam uma valorização significativa da ação.