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Petrobras (PETR4): Goldman Sachs vê aumento no risco, mas recomenda compra

11 mar 2024 - 10h46
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Em relatório mais recente sobre a Petrobras (PETR4), em que repercute a ausência do anúncio de dividendos extraordinários, analistas do Goldman Sachs (GSGI34) acreditam que o movimento não esteja vinculado à quaisquer anúncios de fusões e aquisições no curto prazo por parte da estatal.

Segundo a casa, a falta de um anúncio extraordinário de dividendos poderia ser percebida, pelo menos em parte, como um adiamento (ainda negativo, de acordo com discussões com investidores) versus uma redução no montante de dividendos a ser pago pela Petrobras nos próximos anos.

"Observamos que potenciais fusões e aquisições são contabilizadas no plano estratégico da Petrobras anunciado no ano passado. Portanto, a não declaração de dividendos extraordinários provavelmente não está vinculada a quaisquer anúncios de fusões e aquisições no curto prazo, o que deverá reduzir os riscos principais no curto prazo", pontuaram os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins.

A casa lembrou um citação feita na teleconferência de resultados pelo CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, de que os diretores da empresa propuseram dividendos extraordinários que não foram aprovados pelos conselheiros representantes do governo. "Acreditamos que poderá haver algumas preocupações no mercado sobre o potencial de decisões menos favoráveis aos acionistas no futuro", diz o relatório.

Em resumo, o Goldman Sachs reconhece que o risco de investir na Petrobras aumentou após os acontecimentos recentes. "Por outro lado, acreditamos que isso se reflete parcialmente no preço das ações e, historicamente, houve casos em que as manchetes aumentaram a percepção de risco, o que não levou a uma mudança nos fundamentos suficientemente significativa para evitar a valorização do preço das ações durante o longo prazo", descrevem os analistas.

"Para que o fluxo de caixa livre (FCF) da Petrobras se iguale ao das grandes empresas globais em 2024 e 2025, estimamos que ela teria que aumentar o investimento em R$ 7,6 bilhões por ano nesses anos (contra o nosso cenário base de aproximadamente ~ US$ 17 bilhões/ano)", completa a casa.

O Goldman tem recomendação de 'compra' para as ações de Petrobras, com preço-alvo a R$ 43,50 para as ações ordinárias (PETR3) e R$ 39,60 para as ações preferenciais (PETR4).

Petrobras (PETR4): critérios para dividendo extra 'não foram atingidos' e conselheiros ligados ao governo votaram contra a distribuição

Em documento encaminhado ao conselho de administração da Petrobras (PETR4), ao qual o jornal Valor Econômico teve acesso, a área técnica da diretoria de finanças da estatal defendeu que os critérios para embasar o pagamento de dividendos extraordinários "não foram atingidos".

Segundo a publicação, o texto diverge da proposta da direção da Petrobras, que sugeriu o pagamento de 50% dos dividendos. Ao Valor, a empresa negou e disse e que o documento se referia a "requisitos usados no passado" para autorizar ou não a distribuição desses recursos.

No balanço do 4T23 da Petrobras, divulgado na última quinta-feira (7), a estatal informou que não pagaria dividendos extraordinários referentes ao período. O jornal afirma que a decisão foi tomada pelo conselho de administração, que tem a palavra final - a equipe possui 11 integrantes, dos quais seis são ligados ao governo federal.

Ainda de acordo com o Valor, o presidente da PetrobrasJean Paul Prates, afirmou que os conselheiros ligados à União votaram contra a distribuição, enquanto os conselheiros privados votaram a favor. Prates optou por se abster.

A gerência-executiva de riscos empresariais, ligada à diretoria de finanças da Petrobras, afirma no documento ao qual o Valor teve acesso que "ao longo de 2022, os critérios necessários para o pagamento foram atingidos de tal forma que dividendos extraordinários foram submetidos pelo time técnico e aprovados pela alta administração no quarto trimestre daquele ano". São eles:

  • Inexistência de "investimento constante no Plano Estratégico em risco por falta de orçamento";
  • Dívida bruta abaixo do limite estabelecido no Plano Estratégico (PE), "com 90% de confiança no horizonte de até 24 meses";
  • Excedente de caixa "em relação ao caixa mínimo, com 90% de confiança no horizonte de até 24 meses".

No entanto, escreve o Valor, ao realizar a mesma análise para sustentar a distribuição de dividendos referentes ao 4T23, a avaliação foi diferente.

A partir daí, a área sugere no documento que "possíveis ações mitigatórias poderiam ser adotadas para tentar elevar o grau de confiança e fazer com que a análise de risco resultasse no atingimento dos critérios destacados". Entre essas possíveis ações, estaria a "não realização total" das despesas de capital previstas "no horizonte da análise", pontua o jornal.

"Essas ações, porém, constituem decisões estratégicas, que também dependem de deliberação do CA (Conselho de Administração), tendo em vista que estão intrinsicamente ligadas ao PE", segue o texto enviado ao conselho de administração da Petrobras.

Desempenho das ações de Petrobras

Suno
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