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Petróleo cai 2% com Opep cortando projeção de crescimento da demanda de petróleo e preocupações com China

14 out 2024 - 18h08
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Os preços do petróleo caíram 2% nesta segunda-feira, conforme a Opep reduziu novamente sua projeção de crescimento da demanda global de petróleo para 2024 e 2025, enquanto as importações de petróleo da China caíram pelo quinto mês consecutivo.

Bombas de petróleo em Almetyevsk, República do Tartaristão, Rússia
04/06/2023
REUTERS/Alexander Manzyuk
Bombas de petróleo em Almetyevsk, República do Tartaristão, Rússia 04/06/2023 REUTERS/Alexander Manzyuk
Foto: Reuters

Os planos de estímulo da China também não inspiraram a confiança dos investidores, enquanto os mercados continuaram atentos aos possíveis ataques israelenses à infraestrutura petrolífera iraniana.

Os futuros do petróleo Brent fecharam 1,58 dólar, ou 2%, mais baixos, a 77,46 dólares por barril, enquanto os futuros do petróleo bruto U.S. West Texas Intermediate caíram 1,73 dólar, ou 2,29%, para 73,83 dólares por barril. O Brent havia subido 0,99 dólar na semana passada, enquanto o WTI subiu 1,18 dólar.

A Opep cortou nesta segunda-feira sua previsão para o crescimento da demanda global de petróleo em 2024 e também reduziu sua projeção para o próximo ano, marcando a terceira revisão consecutiva para baixo do grupo de produtores.

A China, o maior importador de petróleo bruto do mundo, foi responsável pela maior parte do rebaixamento de 2024, uma vez que a Opep reduziu sua previsão de crescimento para o país para 580.000 barris por dia (bpd), de 650.000 bpd.

As importações de petróleo bruto da China nos primeiros nove meses do ano caíram quase 3% em relação ao ano passado, para 10,99 milhões de bpd, segundo dados.

A diminuição da demanda chinesa por petróleo causada pela crescente adoção de veículos elétricos (VE), bem como a desaceleração do crescimento econômico após a pandemia da Covid-19, tem prejudicado o consumo e os preços globais do petróleo.

As pressões deflacionárias da China também pioraram em setembro, de acordo com dados oficiais divulgados no sábado. Uma coletiva de imprensa no mesmo dia deixou os investidores em dúvida sobre o tamanho geral de um pacote de estímulo para reanimar a segunda maior economia do mundo.

"A falta de um cronograma claro e a ausência de medidas para tratar de questões estruturais, como o consumo fraco e a dependência de investimentos em infraestrutura, apenas aumentaram a ambiguidade entre os participantes do mercado", observou Mukesh Sahdev, diretor global de mercados de commodities-petróleo da Rystad Energy.

As notícias negativas da China superaram as preocupações do mercado sobre a possibilidade persistente de que uma resposta israelense ao ataque com mísseis do Irã em 1º de outubro possa prejudicar a produção de petróleo.

Os EUA disseram no domingo que enviariam tropas para Israel, juntamente com um sistema antimísseis avançado, em um deslocamento altamente incomum destinado a reforçar as defesas aéreas do país.

"Embora seja provável que ocorra um ataque de Israel ao Irã, as últimas medidas de reforço dos militares norte-americanos podem ter acalmado as respostas de ambos os lados", disse Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociações da BOK Financial.

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