Petróleo cai com alta de estoques nos EUA; tarifas de Trump permanecem em foco
Os preços do petróleo caíram nesta quarta-feira, com o índice de referência dos Estados Unidos atingindo a mínima do ano até o momento, depois que os estoques domésticos no maior produtor e consumidor da commodity do mundo aumentaram mais do que o esperado na semana passada.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 0,91 dólar, ou 1,2%, a 76,58 dólares por barril. Os futuros do petróleo dos EUA caíram 1,15 dólar, ou 1,6%, a 72,62 dólares, seu preço de fechamento mais baixo até agora neste ano.
Os estoques de petróleo nos EUA aumentaram em 3,46 milhões de barris na semana passada, com a queda no consumo das refinarias pela terceira semana consecutiva, mostraram dados da Administração de Informações sobre Energia.
Os analistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 3,19 milhões de barris. [EIA/S]
Na terça-feira, a Casa Branca reafirmou o plano do presidente Donald Trump de impor tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México a partir de 1º de fevereiro. O comércio de petróleo no curto prazo deve permanecer instável, à medida que os investidores digerem as ameaças tarifárias, as sanções sobre os fluxos de energia da Rússia e as preocupações com o crescimento econômico nas principais nações consumidoras, escreveu Giovanni Staunovo, analista do UBS, a clientes nesta quarta-feira.
"Considerando as muitas incertezas existentes, achamos que ainda se justifica uma abordagem prudente", escreveu Staunovo. "Embora esperemos que os preços permaneçam sustentados nos níveis atuais, é provável que o fluxo de notícias relacionadas a Trump gere volatilidade no curto prazo."
O Federal Reserve dos EUA manteve as taxas de juros estáveis nesta quarta-feira. O Fed deu poucas informações sobre quando planeja reduzir os custos de empréstimos, o que poderia impulsionar a atividade econômica e a demanda por petróleo.
Os comerciantes também estão de olho na reunião ministerial da Opep+ marcada para 3 de fevereiro, com o plano do grupo de aumentar a oferta a partir de abril em foco.
![Reuters](https://p2.trrsf.com/image/fget/sc/80/30/images.terra.com/2016/04/04/reuters-brasil-novo2.jpg)