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Petróleo fecha em alta, impulsionado pela decisão da Opep+ no radar

5 mai 2022 - 16h52
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Os contratos futuros do petróleo subiram nesta quinta-feira, 5, mesmo em meio à alta do dólar e com maior aversão ao risco nos mercados em geral. O óleo foi impulsionado após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmar a decisão de elevar a produção da commodity em 432 mil barris por dia (bpd) em junho, conforme acordo estabelecido anteriormente.

O petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,42% (US$ 0,45), a US$ 108,26 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para o mês seguinte avançou 0,69% (US$ 0,76), a US$ 110,90 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Após a confirmação da Opep+, o óleo, que já operava em leve alta na madrugada, acelerou o avanço. De acordo com comunicado divulgado após reunião ministerial do cartel, foram observados "os efeitos contínuos de fatores geopolíticos e questões relacionadas à pandemia em andamento". "No futuro, achamos que a Opep+ aumentará a produção de petróleo bruto neste ano, apesar da queda na produção russa, mas o grupo não conseguirá realizar plenamente seu aumento de produção planejado. Assim, prevemos que os preços do petróleo permaneçam elevados e se estabeleçam em torno de US$ 100 por barril até o final do ano", diz a Capital Economics, em relatório enviado a clientes.

A commodity energética chegou a cair depois, pressionada por um ambiente avesso ao risco nos mercado internacionais, além da alta do dólar frente a moeda rivais. Porém, logo ganhou força novamente. Os países da União Europeia estão "quase lá" em concordar com o novo pacote de sanções proposto pelo bloco contra a Rússia, incluindo um embargo de petróleo, disse o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell, nesta quinta-feira. Já o diretor-geral da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmou hoje que, se mais petróleo for necessário, "podemos liberar mais", na esteira do aumento dos preços de energia. De acordo com ele, só uma parte dos estoques de óleo das nações do grupo foi liberada, equivalente a 9% do total.

Estadão
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