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Petróleo fecha em queda, pressionado por dólar e desaceleração global

11 fev 2019 - 18h13
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O petróleo fechou em queda nesta segunda-feira, 11, em meio à força do dólar e novos sinais de desaceleração global. Investidores aguardam, ainda, pela divulgação de relatórios de produção da commodity de diversos órgãos nesta semana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em março fechou em queda de 0,59%, para US$ 52,41 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para abril caiu 0,95%, para US$ 61,51.

Novos sinais de desaceleração global vieram do Reino Unido neste início de semana, onde a produção industrial de dezembro frustrou analistas ao contrariar e recuar em relação ao mês anterior.

Com isso e a leitura mais fraca do que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre do país, o dólar se valorizou em relação à libra e o euro, além de avançar frente ao iene diante do otimismo com as negociações comerciais sino-americanas. Assim, o câmbio desfavoreceu o petróleo, cotado na divisa dos Estados Unidos.

Também há a expectativa pela divulgação dos relatórios de curto prazo do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), ambos nesta terça-feira. Na quarta-feira, será a vez da Agência Internacional de Energia (AIE).

"É provável que os relatórios demonstrem que o mercado do petróleo está em grande parte equilibrado graças aos cortes de produção da Opep+, em vigor desde o início do ano", destacam analistas do Commerzbank. Em dezembro, o cartel e aliados concordaram em reduzir a produção em 1,2 milhão de barris por dia (bpd) em relação a outubro de 2018.

Analista especializado em commodities do Julius Baer, Norbert Rücker ressalta que a desaceleração global deve atenuar a demanda pelo óleo, enquanto os cortes da Opep+ impede o excesso de oferta. Já as sanções americanas à estatal venezuelana PdVSA "trazem apenas riscos limitados de oferta". Ao contrário, destaca, "se os últimos desenvolvimentos fizerem a transição do país para águas politicamente mais calmas, sua vasta riqueza em petróleo poderá voltar ao mercado nos próximos anos".

Estadão
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