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PF apreende iate de luxo de Eike Batista em Angra dos Reis

Na semana passada, nova operação cumprindo ordem judicial apreendeu carros de luxo, joias, um piano e dinheiro em espécie em dois endereços do empresário na zona sul do Rio de Janeiro

11 fev 2015 - 10h08
(atualizado às 10h18)
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A Polícia Federal realiza desde o início da manhã desta quarta-feira uma operação em Angra dos Reis, na Costa Verde, e apreendeu um iate de luxo do empresário Eike Batista – que estaria avaliado em US$ 85 milhões.

A PF ainda não divulgou quais outros itens pessoais de Eike foram apreendidos, mas os agentes cumprem novo mandado de busca e apreensão na residência do ex-homem mais rico do Brasil no município

Por ordem da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro, a ação é um complemento da realizada na semana passada, em dois endereços do empresário na zona sul da capital fluminense, na qual foram seis veículos (dois deles importados), um piano, R$ 90 mil em espécie, dentre outros itens.

Os agentes da PF cumpriram decisão judicial para assegurar a composição dos cerca de R$ 3 bilhões boqueados pela Justiça na última quarta-feira – dentro do processo em que corre contra Eike, que teria cometido uma série de crimes no mercado financeiro e causado prejuízo enorme em diversos investidores.

A apreensão tem o intuito principal de assegurar o pagamento de eventuais indenizações, já que, segundo o juiz federal titular do processo que tramita na Justiça, Flávio Roberto de Souza, o empresário estaria transferindo seus bens para parentes e amigos.

O bloqueio dos bens atingiu, além de Eike , os filhos Thor e Olin, a atual mulher, Flávia Sampaio, além de Luma de Oliveira, sua ex-esposa. A defesa do empresário discordou da ação, que foi considerada como “covarde” pelo principal advogado de Eike, Sérgio Bermudes.

Eike é réu numa ação na Justiça Federal em ação que o julga por ter vendido ações da sua antiga petroleira OGX no que o mercado qualifica como “insider trading”, ou uso de informação privilegiada. Além disso, ele também teria cometido o crime de “put”, quando se compromete a investir U$S 1 bilhão em sua empresa, fato que nunca ocorreu.

Já no Ministério Público de São Paulo, Eike também foi acionado pelos dois crimes dentro da administração de seu estaleiro OSX. Além disso, corre contra ele também o processo por formação de quadrilha, falsidade ideológica e indução de investidor ao erro. Todas as ações devem ser julgadas, em conjunto, na 3ª Vara Federal Criminar do Rio de Janeiro e, somados os casos, a pena pode ser de até 12 anos de reclusão

Fonte: Terra
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