Phone as a Service: 5G sacode o mercado de seminovos
Apesar da redução do poder de compra do brasileiro nos últimos anos, o smartphone é um item fundamental
Em uma sociedade em que a sustentabilidade se torna cada vez mais urgente, os celulares seminovos ganham espaço em 2022. Uma das apostas do segmento é que não será mais preciso comprar um celular novo para poder usar um aparelho top de linha.
Em um país que tem mais celulares que pessoas, o serviço de smartphone por assinatura se torna uma forma mais acessível de estar sempre up to date. Para quem acha que o serviço é caro demais, o preço está entre os benefícios de comprar um celular usado, pois você pode economizar até 60% do valor de um novo.
Outro fator que impulsiona o Phone as Service é a necessidade de aparelhos compatíveis com a nova internet 5G. Os celulares mais baratos do mercado com essa tecnologia na atualidade são o Galaxy M23 da Samsung e o Xiaomi Redmi 9, vendidos por até R$ 1,5 mil. Em sites de produtos usados, é possível encontrar aparelhos com 5G a partir de R$ 650, como o Moto G 5G da Motorola.
Nesse cenário, a expectativa é que o faturamento do mercado de smartphones usados no Brasil deve atingir R$ 2,8 bilhões em 2021, com possibilidade de chegar a R$ 5 bilhões em 2024, segundo pesquisa do IDC.
Dos mais de 40 mil anúncios de celulares na plataforma de vendas da OLX, metade já é de smartphones compatíveis com 5G e o valor pode chegar a 38% menos do que aparelhos novos, por exemplo.
Smartphone ainda é um item fundamental
Apesar da redução do poder de compra do brasileiro nos últimos anos, o smartphone é um item fundamental. Não é exagero dizer que os celulares são a extensão das pessoas atualmente.
Quase tudo em nossas vidas pode ser realizado ou potencializado pelos aparelhos. Da conversa com amigos e família, diminuindo distâncias, até a mudança de um sistema global de trabalho que hoje está cada vez mais baseado no home office, passando por transações bancárias, entretenimento e cultura, os smartphones estão em todos os lugares.
A tendência de crescimento de vendas de celulares seminovos também está relacionada ao momento nacional. O brasileiro não conta com renda o suficiente para comprar um smartphone novo, mas descobriu que há alternativas ainda mais vantajosas.
Como funciona o Phone as a Service
O modelo As a Service, tão comum quando o assunto é tecnologia, está apenas começando em telefonia e, a partir de agora, as pessoas podem ter acesso a celulares de ponta todos os anos, acompanhando a evolução no país.
A proposta é trazer as vantagens da economia compartilhada a um segmento sedento por um modelo de negócio inovador: a assinatura de smartphones usados que passam por um processo de recertificação.
Além disso, o formato permite que o usuário acesse diferentes serviços agregados, como proteção com seguro e assistência técnica. Não se trata apenas de um “aluguel” de equipamento, mas da oportunidade de ter um produto completo em mãos pagando uma mensalidade fixa e acessível. A proposta é justamente facilitar o acesso da população a aparelhos que normalmente não teriam condições de adquirir.
(*) Stephanie Peart é empreendedora e head da Leapfone.