PIB do Brasil subiu 0,8% no 1° trimestre de 2024, aponta IBGE
Mercado financeiro já esperava resultado de alta no Produto Interno Bruto brasileiro
O PIB do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024, segundo o IBGE. Serviços e agropecuária puxam crescimento.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil subiu 0,8% no primeiro trimestre de 2024, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 4. O setor se serviços, que teve uma alta de 1,4% no período, foi que o que mais puxou o crescimento. Já a indústria, apresentou queda de 0,1%.
As expectativas do mercado financeiro já eram de alta. De acordo com o IBGE, o PIB totalizou R$ 2,7 trilhões no primeiro trimestre deste ano. Deste número, R$ 2,4 trilhões são referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No mesmo período, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023. Em relação ao 1º trimestre de 2023, o PIB avançou 2,5%. A Indústria (2,8%) e os Serviços (3,0%) avançaram no período, enquanto a Agropecuária (-3,0%) recuou.
O PIB apresentou crescimento de 0,8% na comparação do primeiro trimestre de 2024 contra o quarto trimestre de 2023, na série com ajuste sazonal. O destaque fica para o crescimento dos Serviços (1,4%) e da Agropecuária (11,3%). Já a Indústria (-0,1%) se manteve praticamente estável.
Indústria
Dentre as atividades industriais, as atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,6%), Construção (-0,5%) e Indústrias Extrativas (-0,4%) apresentaram queda. Já a Indústria de Transformação (0,7%) teve desempenho positivo.
Serviços
Nas atividades de Serviços houve crescimento em Comércio (3,0%), Informação e comunicação (2,1%), Outras atividades de serviços (1,6%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Transporte, armazenagem e correio (0,5%). Por outro lado, houve estabilidade nas atividades de Intermediação financeira e seguros (0,0%) e Administração, saúde e educação pública (-0,1%).
Confira o registro das outras atividades no primeiro trimestre:
Despesa
- Despesa de Consumo das Famílias: +1,5%
- Formação Bruta de Capital Fixo: +4,1%
- Despesa de Consumo do Governo: 0,0%
Setor Externo
- Exportações de Bens e Serviços: +0,2%
- Importações de Bens e Serviços: +6,5%
Agropecuária
- Agropecuária: -3,0%
- Soja: -2,4%
- Milho: -11,7%
- Fumo: -9,6%
- Mandioca: -2,2%
Indústria
- Indústria: +2,8%
- Indústrias Extrativas: +5,9%
- Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos: +4,6%
- Construção: +2,1%
- Indústria de Transformação: +1,5%
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024 apresentou crescimento de 2,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 2,6% do Valor Adicionado a preços básicos e de 2,0% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (6,4%), Indústria (1,9%) e Serviços (2,3%).
Dentre as atividades industriais, as Indústrias Extrativas (8,2%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (5,9%) apresentaram crescimento, enquanto a Construção (-0,3%) e a Indústria da Transformação (-0,6%) recuaram.
Nos Serviços, houve resultados positivos em todas as atividades: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,7%), Atividades imobiliárias (3,2%), Outras atividades de serviços (2,7%), Informação e comunicação (2,3%), Transporte, armazenagem e correio (1,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%) e Comércio (1,0%).
Na análise da demanda, houve altas na Despesa de Consumo das Famílias (3,2%) e na Despesa de Consumo do Governo (2,1%), e queda na Formação Bruta de Capital Fixo (-2,7%).
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 9,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram elevação de 0,8%.