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PIB dos EUA recua e tem pior 1º trimestre desde 2011

Contração no período é a primeira em três anos devido ao inverno rigoroso

29 mai 2014 - 12h42
(atualizado às 12h44)
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<p>Monte Rushmore, em Keystone, no estado de Dakota do Sul; economia dos EUA recuou no 1º trimestre</p>
Monte Rushmore, em Keystone, no estado de Dakota do Sul; economia dos EUA recuou no 1º trimestre
Foto: AFP

A economia dos Estados Unidos contraiu no primeiro trimestre pela primeira vez em três anos devido ao inverno rigoroso, mas há sinais de que a atividade se recuperou desde então.

O Departamento do Comércio revisou para baixo, nesta quinta-feira, sua estimativa sobre a atividade para mostrar que o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu a uma taxa anual de 1%.

Foi o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2011 e refletiu um ritmo muito mais lento de acúmulo de estoques e um déficit comercial maior do que estimado anteriormente.

O governo havia estimado anteriormente expansão do PIB a uma taxa de 0,1%. Não é incomum que o governo faça revisões drásticas nos números do PIB já que não tem em mãos dados completos quando faz as estimativas iniciais. O recuo na produção, que também refletiu queda no gasto empresarial em estruturas não residenciais, foi mais forte do que as expectativas de Wall Street.

Economistas esperavam que a revisão mostrasse uma contração de 0,5% do PIB. A economia havia se expandido a uma taxa de 2,6% no quarto trimestre. Os mercados financeiros dos EUA provavelmente vão descartar o relatório, dados os fatores temporários que pesaram sobre o crescimento e o fato de que a atividade econômica está se recuperando.

Dados que vão desde o desemprego até a atividade manufatureira sugerem que o crescimento terá uma aceleração forte no segundo trimestre. Economistas estimam que o clima severo pode ter cortado até 1,5 ponto percentual do PIB. O governo, no entanto, não deu detalhes sobre o impacto do clima. As empresas acumularam US$ 49,0 bilhões de dólares em estoques, bem menos do que os US$ 87,4 bilhões estimados no mês passado.

Foi o menor volume em um ano e os estoques subtraíram 1,62 ponto percentual do PIB do primeiro trimestre. Mas os estoques devem ajudar o crescimento do segundo trimestre.

Embora a queda nas exportações não tenha sido tão severa como se pensava inicialmente, o crescimento das importações foi mais forte. Isso resultou em um déficit comercial que tirou 0,95 ponto percentual do PIB.

Os gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, cresceu a uma taxa de 3,1%. O número relatado anteriormente havia sido de um avanço de 3%. Os gastos empresariais em estruturas não residenciais, como perfuração de gás, contraiu a uma taxa de 7,5%. O número relatado anteriormente havia sido de um avanço de 0,2%. O relatório mostrou que os lucros corporativos pós-impostos caíram a uma taxa de 13,7%, a maior queda desde o quarto trimestre de 2008.

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