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PIB dos EUA supera expectativa e cresce 3,5% no 3º trimestre

Apesar de ter desacelerado, foi o quarto trimestre em cinco em que a economia expandiu a um ritmo de 3,5% ou mais

30 out 2014 - 12h26
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<p>Dados foram publicados um dia depois de o Federal Reserve, banco central dos EUA, ter encerrado seu programa de estímulo à economia</p>
Dados foram publicados um dia depois de o Federal Reserve, banco central dos EUA, ter encerrado seu programa de estímulo à economia
Foto: Larry DowningRTX15KC8 / Reuters

Um déficit comercial menor e um salto nos gastos com defesa sustentaram o crescimento econômico dos Estados Unidos no terceiro trimestre, mas outros detalhes do relatório divulgado nesta quinta-feira indicaram certa perda de ímpeto na atividade.

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O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 3,5%, informou o Departamento do Comércio nesta quinta-feira, superando a expectativa de economistas de 3%.

Embora o ritmo de crescimento nos investimentos empresariais, moradias e gastos de consumidores tenham desacelerado ante o segundo trimestre, todas essas categorias contribuíram com o crescimento.

"O relatório foi em geral construtivo, com os ganhos em base ampla e indicando um ímpeto fundamental positivo na economia norte-americana", disse o vice-economista-chefe da TD Securities, Millan Mulraine.

"No entanto, com alguns indícios de fraqueza surgindo em moradias e gastos de consumidores, esperamos que o ritmo de crescimento caia mais no quarto trimestre".

Apesar de ter desacelerado ante o forte ritmo de 4,6% do segundo trimestre, foi o quarto trimestre em cinco em que a economia expandiu a um ritmo de 3,5% ou mais.

Um relatório separado do Departamento do Trabalho mostrou que os pedidos iniciais por auxílio-desemprego subiram de modo modesto na semana passada, mas permaneceram em níveis consistentes com condições do mercado de trabalho firmes.

Os dados foram publicados um dia depois de o Federal Reserve, banco central dos EUA, ter encerrado seu programa de compra de títulos. Autoridades do Fed disseram que há força suficiente na economia mais ampla.

O déficit comercial menor refletiu uma queda nas importações, que caíram no ritmo mais rápido desde o quarto trimestre de 2012. Isso foi atribuído principalmente à queda nas importações de petróleo.

O comércio contribuiu com 1,32 ponto percentual ao crescimento. Embora existam receios de que o dólar mais forte e a desaceleração das economias chinesa e da zona do euro vão afetar o crescimento das exportações dos EUA, economistas acreditam que o impacto será marginal.

Os gastos do governo também foram um impulso, com gastos com defesa crescendo 16%, ritmo mais rápido desde o segundo trimestre de 2009.

Uma das poucas áreas que pesou sobre o crescimento foi a de estoques, que subtraiu 0,57 ponto percentual do PIB após ter contribuído com 1,42 ponto percentual no segundo trimestre.

Investimento empresarial desacelera

O crescimento em investimentos empresariais desacelerou no terceiro trimestre, com gastos com equipamentos crescendo apenas a uma taxa de 7,2%. Economistas esperavam um segundo trimestre consecutivo de crescimento de dois dígitos.

Os gastos empresariais em estruturas e produtos de propriedade intelectual também desacelerou.

Embora o crescimento dos gastos de consumidores tenha desacelerado para um ritmo de 1,8% ante 2,5% no segundo trimestre, eles ainda contribuíram com 1,22 ponto percentual ao crescimento do PIB.

Os gastos de consumidores são responsáveis por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA.

O ritmo moderado de gastos de consumidores ajudou a manter as pressões inflacionárias contidas durante o trimestre.

Um índice de preços no relatório do PIB subiu a uma taxa de 1,2% no terceiro trimestre após avançar 2,3% no período anterior. Uma medida de núcleo de preços que descarta custos de alimentos e energia aumentou a um ritmo de apenas 1,4%, em forte desaceleração ante a taxa de 2% no segundo trimestre.

A queda nos preços da gasolina e a aceleração do crescimento do emprego, que deve elevar os salários, devem beneficiar os gastos de consumidores no quarto trimestre.

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