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Pix atinge mesmo nível de aceitação que os boletos no e-commerce

Pagamento em crédito segue como preferido nas lojas virtuais, mas oferta de 12 parcelas sem juros diminui

8 ago 2022 - 16h03
(atualizado às 18h36)
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O Pix atingiu recorde de aceitação no comércio eletrônico e está no segundo lugar dos meios de pagamento mais aceitos pelas lojas online, mesma posição dos boletos. Os dados são do último Estudo de Pagamentos da Gmattos, referente ao mês de julho. O preferido dos lojistas continua sendo o cartão de crédito (98,3%), seguido do Pix e boletos (78%). Em quarto lugar, estão as wallets (47,5%), e em quinto o débito (30,5%).

Foto: fdr

O meio de pagamento instantâneo alcançou 78% de aceitação dos lojistas online no Brasil. Em janeiro de 2021, primeira edição do levantamento, 16,9% dos lojistas de e-commerce ofereciam essa forma de pagamento, que era, na época, a quinta do ranking.

Cartão de crédito ainda é o meio de pagamento mais ofertado pelas lojas online Foto: Thiago Teixeira/AE

Com a rápida escalada do Pix, introduzido no mercado há menos de dois anos, a Gmattos estima que a aceitação tem potencial para chegar a 92%, considerando o segmento de lojas que ainda não operam com essa forma de pagamento, mas que aceitam algum tipo de recebimento à vista. "É provável que dentro de um ano o Pix se torne o principal meio de pagamento à vista", afirma o CEO e cofundador da consultoria, Gastão Mattos.

Para Mattos, a alta adesão ao meio de pagamento, que ultrapassou 131 milhões de usuários no mês passado, impulsionou a inclusão da forma de pagamento nas lojas online.

Mattos acrescenta que o Pix ainda possui alta conversão, ou seja, os pagamentos são aprovados de forma instantânea. "É comum que as vendas sejam perdidas se o meio de pagamento dá errado, o que faz com que o consumidor muitas vezes desista da compra", aponta. Além disso, o custo da operação por Pix para o lojista é igual ou menor do que as outras modalidades à vista, como débito e boleto.

Algumas lojas reportam que 10% das vendas estão sendo pagas via Pix, o que mostra, para a consultoria, que a participação deve, em breve, superar em volume de pagamentos os boletos e débitos.

A pesquisa também revela que a oferta via Pix é priorizada, sendo que 24% das lojas que aceitam oferecem descontos de 3% a 10% para pagamentos por Pix. No último levantamento, realizado em maio de 2022, 20% das lojas ofereciam descontos para esse tipo de pagamento, ante 14% em março do mesmo ano.

Crédito

Ainda que o cartão de crédito siga na liderança do ranking, o estudo mostra mudanças relevantes em relação ao parcelamento sem juros. Em julho, apenas 15,3% das lojas ofereciam parcelamento em 12 vezes sem juros, enquanto a oferta exclusiva de cartões em uma parcela foi observada também em 15,3% das lojas.

Segundo Mattos, durante toda a história do e-commerce no Brasil, o parcelamento em 12 vezes sem juros era grande motivador das vendas, mas isso tem mudado. Ele explica que, para o lojista, a opção deixou de ser interessante devido ao custo elevado da operação, a necessidade de antecipar o valor e o pagamento de juros.

Além disso, estão surgindo outras formas de parcelamento para além do cartão de crédito, como o "Buy Now, Pay Later" (BNPL - Compre agora, pague depois), modalidade já oferecida no exterior e em expansão no Brasil.

Compre agora, pague depois

Esta edição do estudo é a primeira que monitorou o BNPL no País, dada a crescente relevância na aceitação desse meio de parcelamento alternativo, operado via bancos de varejo, crediário próprio de lojas ou fintechs.

Em julho de 2022, 15,5% das lojas ofereciam algum tipo de parcelamento do tipo BNPL. As ofertas nesse grupo foram através de bancos e crediário próprio (8,5%) e via fintechs (7%).

Na avaliação de Mattos, o meio possui potencial de crescimento bastante interessante, e atende às demandas daqueles que gostariam de comprar pela internet um bem de valor mais alto, como um bem durável, mas não possuem cartão de crédito. O BNPL é uma opção, também, para aqueles que não possuem limite suficiente no cartão de crédito para determinadas compras.

Boletos

O estudo também mostrou que o Pix não tende a eliminar os boletos. Entre as lojas que aceitam a modalidade de pagamento instantâneo, 82,6% mantêm a aceitação do boleto, ao passo que 34,8% permanecem atuando com algum tipo de débito, de bandeira ou banco.

Os boletos também são usados para formatos de parcelamento, como o BNPL.

O desconto para pagamento via boletos apareceu em 8,7% das lojas que oferecem essa modalidade (descontos de 8,3% a 10%).

Wallets

Em quarto lugar no ranking dos meios de pagamento no comércio eletrônico aparecem as wallets, (como Google Pay, PayPal, PagSeguro, PicPay, entre outras), que apresentaram ligeira oscilação positiva, de 45,8% em maio para 47,5% em julho. A novidade é o NuPay, inserido pelo Nubank para ofertar parcelamentos diferenciados aos seus clientes na modalidade BNPL.

Débito

Em quinto lugar se mantém o débito, com 30% de aceitação. Segundo a pesquisa, o patamar é sustentado, principalmente, pela aceitação da modalidade débito banco e mais precisamente pelo Débito Virtual da Caixa Econômica Federal (CEF Virtual), com foco em ser uma opção de consumo para os beneficiários de auxílios do governo.

Ao desconsiderar o CEF Virtual, a aceitação do débito consolidado cairia de 30,5% para 22%, e a do débito banco, de 18,6% para 10,2%. O débito bandeira está estacionado na faixa de 15% nos últimos meses, aponta o estudo.

Estadão
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