Pix avança para IPVA, IPTU, multas e licenciamento veicular
Meio de pagamento instantâneo cresce e abrange pagamentos tradicionais para brasileiros
Desde o seu lançamento, em 2020, durante o governo Bolsonaro, o Pix se popularizou pela sua facilidade transacional e instantaneidade no pagamento. Alcançando a imensa maioria dos brasileiro, o Pix conquistou a marca de R$ 16 trilhões movimentados em 2023, segundo o Banco Central.
Com o crescimento, o meio de pagamento avançou e chegou aos tradicionais IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), pagamentos de multas de trânsito e licenciamento veicular.
Todo começo de ano, os pagamentos tradicionais assolam a vida do brasileiro, que busca desconto e praticidade na hora de acertar o imposto devido. Com o pagamento via pix dos tributos, a certeza de instantaneidade na transação é válida, levando até possíveis descontos para os contribuintes.
“No caso do IPVA pago em cota única via pix no estado de São Paulo, poderá haver desconto de 3% na operação. A realização da conta é feita através da leitura de um QR Code. Além disso, no caso de contas com possibilidade de parcelamento, como é o caso do IPVA e o IPTU, o cliente pode utilizar o Pix Agendado, caso este produto seja disponibilizado pela sua instituição financeira”, comenta Wellington Silva, gerente de produtos C&M Sofwtare.
Como pagar o IPVA com Pix?
Em São Paulo, por exemplo, basta seguir os seguintes passos:
• Acesse o site da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
• Procure pela opção de pagamento do IPVA e selecione a opção de pagamento com Pix.
• Será necessário gerar um código QR com os dados da cobrança, incluindo o valor do IPVA, a placa do veículo e o Renavam.
• Abra o aplicativo do seu banco ou instituição financeira que seja compatível com o Pix.
• Selecione a opção de pagamento via QR Code e leia o código gerado no site da Secretaria da Fazenda.
• Confirme os dados da transação e conclua o pagamento.
Novas possibilidades com Pix automático
Em São Paulo, por exemplo, além do IPVA, foi liberado o pagamento de multa, licenciamento e transferência de veículos por Pix. A quitação de débitos veiculares pode ser feita via QR Code obtido no portal da Secretaria da Fazenda e Planejamento (Sefaz).
O avanço do Pix não se limitou apenas ao pagamento de contas rotineiras, mas o meio de pagamento também correu para o desenvolvimento de novas tecnologias, como é o caso do Pix Automático, usabilidade anunciada pelo Banco Central para o segundo semestre de 2024.
Pagamento de contas de consumo, telefonia, contas diversas, mensalidades, faturas de cartão, serviços de streaming, dentre outros poderão ser feitas através do Pix automático.
“Lembrando que o usuário formaliza um contrato com a prestadora de serviços ou concessionária, informando um valor limite para o débito. Caso este valor seja ultrapassado, a cobrança não é realizada, necessitando de uma alteração no valor indicado junto à empresa ou uma outra forma de cobrança”, explica.
A ausência do Pix em algumas situações
Em 2024, ainda existem empresas que não aderiram ao Pix como forma de pagamento em seus estabelecimentos e serviços, sendo o cartão de crédito ou o próprio boleto os protagonistas. Consequentemente, também resistirão em utilizar o Pix Automático no começo.
“É uma questão de tempo para todos os serviços e empresas utilizarem o Pix. Por ser um serviço muito mais barato e não depender de um sistema de compensação, pois o pagamento entra na conta da empresa instantaneamente. Isso ajuda no fluxo de caixa, bem como no impacto em suas receitas. Eu creio que o cartão de crédito não desaparecerá. São serviços que convivem bem. O Pix pode ser um grande aliado deste mercado, para recebimentos. A operação de liquidação das faturas fica mais barata e muito mais ágil. Já em relação ao boleto, não digo que desaparecerá, mas o Pix já vem ocupando um espaço que antes era dominado pelos boletos, e tende a dominar mais espaço ainda com o Pix Automático”, finaliza Wellington.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.