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Pix e bancos digitais têm papel vital na inclusão financeira no Brasil

Método de pagamento instantâneo englobou 71 milhões de brasileiros

25 mai 2024 - 06h10
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Resumo
Tecnologia e inclusão financeira estão mudando a realidade econômica do Brasil com o uso de pagamentos digitais, como o Pix, acesso a contas digitais e fintechs. Isso vem auxiliando inclusive pessoas em regiões remotas, oferecendo comodidades, como taxas reduzidas e promoções.
Foto: Freepik

Com a tecnologia presente em todos os cantos do Brasil, os cidadãos estão cada vez mais incluídos no sistema financeiro nacional, obtendo serviços e vantagens que antes só eram possíveis para quem estava vinculado a uma instituição tradicional. Dados recentes do Banco Central apontam que o Pix mesmo foi responsável por trazer cerca de 71 milhões de brasileiros para essa realidade. Já um outro levantamento, conduzido pela Nubank e Mastercard, mostra que 70% da população possui cartão, seja de débito ou de crédito.

De acordo com Nathan Marion, gerente geral da Yuno, orquestradora global de pagamentos, a praticidade e a ausência de taxas do Pix fizeram com que ele se tornasse um dos métodos de pagamentos mais utilizados do país. 

“Só em 2023, de acordo com o Banco Central, o Pix movimentou R$ 17,18 trilhões, devendo atingir 35% de todas as transações do comércio eletrônico até 2026, segundo a Worldpay”, aponta o profissional.

O executivo argumenta que muitas pessoas que não têm acesso a serviços bancários acabam vendo no Pix a melhor forma de se fazer transações. 

“Segundo o Banco Central, os estados que possuem menos agências bancárias físicas são os que mais utilizam esse método de pagamento. Para termos uma ideia, durante o  ano de 2022, Amazonas e Amapá tiveram o maior número de transações por usuário, com 26 e 24, respectivamente. No entanto, São Paulo registra 19, seguido pelo Rio de Janeiro com 18”.

Comodidades trazidas pelo Pix

Nathan Marion complementa que o comércio também tem enxergado as comodidades trazidas pelo Pix e incentivado o seu uso, o que ajuda a incluir ainda mais pessoas. 

“É muito comum que os varejistas ofereçam descontos especiais e promoções para quem opta por esse método de pagamento, já que ele tem taxas reduzidas para a loja e nenhum custo para o usuário. Assim, mais cidadãos utilizam a ferramenta”, explica.

Os bancos digitais, também responsáveis por esse aumento na inclusão financeira, também têm sido protagonistas neste processo. De acordo com pesquisa recente realizada pela DataFolha, 14% dos brasileiros possuem contas somente nesses estabelecimentos, um crescimento de 9% se comparado ao ano anterior.  Essa modalidade oferece mais comodidades aos usuários, já que existem menos burocracias na abertura de contas e na concessão de crédito. 

“Além disso, o advento das fintechs, que hoje chegam a marca de 1.400 empresas (ABfintechs), colabora para um mercado mais competitivo, já que trazem soluções inovadoras que podem ser acessadas de forma mais simples”, reforça Marion.

Para termos uma ideia, um estudo da KPMG mostra que a tendência é que as companhias desse segmento se tornem super apps, oferecendo produtos e serviços financeiros em um só lugar. 

“Com isso, basta ter um celular com internet para, em poucos cliques, ter acesso a uma infinidade de opções sem precisar sair de casa, evitando filas quilométricas e procedimentos arcaicos no banco. Isso, por si só, ajuda com que mais pessoas, principalmente aquelas que moram em áreas remotas e com poucas opções bancárias, façam parte do mercado, o que traz impactos positivos também na economia local e global”, finaliza o executivo.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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