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Plástico reutilizável pode reduzir lixo que vai para os oceanos em 20% ao ano, aponta relatório

Reutilização de embalagens é solução melhor do que a reciclagem, de acordo com publicação da Fundação Ellen MacArthur

10 jan 2024 - 16h11
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A reciclagem de plástico costuma ser apontada como um dos melhores caminhos para reduzir a quantidade de lixo produzida pelas empresas, e pode ser uma alternativa para a economia circular. Contudo, uma opção melhor para o meio ambiente seria a redução na produção de plásticos de uso único, permitindo que os itens possam ser reutilizados após serem devidamente higienizados, aponta relatório da Fundação Ellen MacArthur.

Segundo a publicação, substituir o uso de plástico descartável por modelos passíveis de reúso pode reduzir mais de 20% do total de plásticos que acabam anualmente jogados nos oceanos até 2040. Os reutilizáveis também podem ajudar a reduzir a extração de matéria-prima da natureza, as emissões de gases de efeito estufa e o consumo de água, segundo o estudo, que foca, principalmente, em embalagens.

"O que nós precisamos é de estratégias que reduzam a quantidade de plásticos que colocamos no mercado e que mantenham circulando na economia aqueles que não serão possíveis de eliminar", afirma Luisa Santiago, diretora executiva para a América Latina na Fundação Ellen MacArthur.

No estudo, um cenário com reúso de embalagens é pensado como aquele em que o consumidor adquire o produto, a embalagem é retornada em pontos adequados previstos para tal, levada para centros de triagem, passa por processos de limpeza, é novamente preenchida com o produto e colocada à venda.

Atualmente, a principal legislação brasileira para o tema é a Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010. Santiago considera que ela não é muito positiva em relação aos plásticos, por colocar pouca ênfase na responsabilidade dos produtores e muita na parte dos cidadãos e do poder municipal, com um olhar apenas para o fim da cadeia.

"Nós precisamos de mecanismos que olhem para a cadeia de produção como um todo; que incentivem a criação de produtos e modelos de negócio que não gerarão resíduos; e que viabilizem a ampliação da infraestrutura de circulação de produtos e materiais", avalia.

As instituições financeiras, por outro lado, podem contribuir fornecendo os recursos necessários. Ações como oferta de crédito com taxas favoráveis a empresas que queiram fazer a transição para embalagens padronizadas e agrupadas e lançamento de títulos "verdes", com metas atreladas ao desempenho no tema, podem ajudar a tornar a mudança maior.

Para o Brasil, os impactos podem ser positivos para além das reduções nas emissões, na poluição e no uso de água. Segundo Santiago, empregos de qualidade podem ser gerados, contando com a experiência de trabalhadores que já atuam no sistema de coleta e triagem de materiais recicláveis com conhecimento sobre todo o funcionamento do processo, e poderiam ser empregadas nos sistemas de reutilização.

Estadão
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