Por crescimento, Japão aprova corte de imposto corporativo
Coalizão do primeiro-ministro Shinzo Abe espera que a medida encoraje as empresas a elevar os salários, o que deve aumentar os gastos do consumidor
A coalizão governante do Japão aprovou um plano de reforma tributária que irá cortar impostos corporativos a partir de abril e que promete mais reduções nos próximos anos em uma tentativa do primeiro-ministro Shinzo Abe de aumentar a rentabilidade e impulsionar o crescimento econômico.
O plano aprovado pelo Partido Democrata Liberal de Abe e seu parceiro de coalizão Komeito nesta terça-feira reduzirá a taxa de imposto corporativo efetivo geral em 2,51 pontos percentuais, para 32,1%, a partir de abril, e para 31,3% no ano seguinte.
Abe prometeu em junho reduzir a taxa de imposto corporativo para abaixo de 30% nos próximos anos com o objetivo de ajudar a tirar o Japão de quase duas décadas de deflação. Neste ano, ele eliminou uma taxação sobre as empresas adotada em 2012 para ajudar a financiar o alívio a desastres.
Takeshi Noda, presidente do Conselho do painel de impostos do partido de Abe, estimou que o corte de impostos corporativos representará cerca de 400 bilhões de ienes (US$ 3,32 bilhões) ao longo dos próximos dois anos fiscais.
Abe espera que a medida encoraje as empresas a elevar salários, o que aumentaria os gastos do consumidor, e a investir parte do caixa de US$ 1,9 trilhão detido pelas companhias fora do setor financeiro.