Por protestos, Alibaba adia oferta de ações de até US$ 15 bi
Em Hong Kong, manifestações pró-democracia já duram mais de 11 semanas e geram instabilidade financeira e política
O Alibaba Group Holding, maior empresa de comércio eletrônico da China, adiou a oferta de ações de até 15 bilhões de dólares em Hong Kong, em meio a uma crescente agitação política no centro financeiro asiático, afirmaram à Reuters duas pessoas com conhecimento do assunto.
Os planos de listagem do Alibaba em Hong Kong estão sendo observados de perto pela comunidade financeira para indicações sobre o ambiente de negócios no território controlado pela China e fornecem uma janela para a leitura da situação por Pequim.
Embora nenhum novo cronograma tenha sido formalmente estabelecido, o Alibaba poderia retomar a operação em outubro, ainda buscando levantar de 10 bilhões a 15 bilhões de dólares. Isso dependeria de uma redução das tensões políticas e se as condições do mercado ficarem mais favoráveis, disse uma das fontes.
A decisão de adiar a operação, inicialmente prevista para o final de agosto, foi tomada em uma reunião do conselho antes da divulgação dos resultados do Alibaba na semana passada, segundo a outra fonte.
O atraso ocorreu devido à falta de estabilidade financeira e política em Hong Kong, acrescentaram as fontes, após mais de 11 semanas de manifestações pró-democracia, frequentemente violentas, que tumultuaram a cidade.
"Seria muito imprudente lançar a oferta agora ou em breve", disse um das fontes. "Isso certamente incomodaria Pequim, oferecendo a Hong Kong um presente tão grande, dado o que está acontecendo na cidade", acrescentou.
Os preparativos para a listagem do Alibaba, potencialmente a maior oferta de ações do mundo neste ano e a maior venda de ações subsequentes em sete anos, já estão em andamento há algum tempo.
O Alibaba se recusou a comentar seus planos de negócios em Hong Kong.
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