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Por que os jovens confiam mais em ativos e serviços financeiros digitais?

As gerações mais jovens estão melhor informadas sobre o tipo de investimento eletrônico

8 ago 2024 - 06h10
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Resumo
Pesquisa identificou que Geração Z e Millennials preferem investir em criptomoedas e NFTs, impulsionando mercado das criptoativos.
Foto: Freepik

A resposta à pergunta do título são os dados da ‘Pesquisa de Planejamento Financeiro’, realizado em outubro de 2023, pela Policygenius, nos Estados Unidos, que identificou que a Geração Z prefere investir em ativos alternativos como criptomoedas e tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) em comparação com investidores mais velhos. 

Segundo o levantamento, 20% dos adultos Z, com idades entre 18 e 26 anos, e 22% dos Millennials, com idades entre 27 e 42 anos, têm mais probabilidade de investir neste tipo de ativos em comparação com investidores mais velhos.

“Acredito que este movimento está diretamente conectado com a experiência desses públicos em como a tecnologia pode ser uma fonte de riqueza, vide as bigtechs como Google, Amazon e o Alibaba. Com isso, a blockchain se apresenta como uma oportunidade de investimento rápida e de baixo custo”, explica Denise Cinelli, COO da corretora de criptomoedas CryptoMKT

Já chegamos à Primavera Cripto?

O ano de 2023 foi cheio de desafios, mas, também de muitos avanços para o mercado das criptomoedas no cenário internacional, com a aprovação do ETF do Bitcoin, a adoção do ativo por grandes empresas e a regulamentação ao redor do mundo.

“A adoção institucional das criptomoedas por gigantes como Tesla e MicroStrategy, que investiram significativamente em Bitcoin, e bancos como o Goldman Sachs estão oferecendo serviços relacionados a criptoativos, somados ao desenvolvimento de regulações claras para o uso e comercialização de criptos, como a União Europeia que introduziu a proposta de Regulamento de Mercados em Criptoativos (MiCA) para proporcionar um marco regulatório claro mostram a importância que alcançamos no mercado financeiro”, aponta Cinelli.

Já no Brasil, a executiva destaca o Marco Legal das Criptomoedas, com a sanção presidencial, em dezembro de 2022, da lei que regula a prestação de serviços de ativos virtuais, estabelecendo diretrizes para prevenir fraudes e lavagem de dinheiro.

“2023 também foi um ano de progresso significativo para o Drex no Brasil, com avanços em desenvolvimento, testes e regulamentação, estabelecendo uma base sólida para a implementação futura do Real Digital. E esse ano não será exceção para o mercado de criptoativos, começamos o ano com o mercado aquecido com as expectativas em torno do Halving do Bitcoin, o que gerou com que a moeda chegasse a níveis históricos e já temos a aprovação do primeiro ETF de Ethereum. Em geral, a adoção institucional, avanços tecnológicos, clareza regulatória, aumento da conscientização, inovação de produtos e um macroambiente econômico desafiador são todos catalisadores que sustentam a expansão desse mercado dinâmico e em rápida evolução”, explica a COO da CryptoMKT.

Internet suscitou novas formas de experienciar o mercado

A maturidade digital e o conhecimento maior das dinâmicas do mercado financeiro dá às gerações Z e os Millennials mais ferramentas para montar uma carteira de investimento diversificada e segura, o que torna as fintechs, desde dos bancos digitais a exchanges de criptoativos.

“Nosso grupo majoritário de nossos clientes estão na América Latina e 55% deles correspondem a esses grupos etários. Isso nos indica que são as novas gerações que vão mudar a economia, como se relacionam com ela e que tipos de ativos estão utilizando para investir”, pontua Cinelli, que também destaca o crescimento exponencial de investidoras: “outro dado importante é que 45% de nossos clientes são mulheres. Cada vez é maior o público feminino está investindo em criptomoedas, o que vem derrubando mitos sobre a relação que têm com o mundo das finanças", destaca Denise.

A executiva comenta ainda que, de acordo com dados da unidade de análise e estatística da CryptoMKT de 2023, as criptomoedas devem ter uma grande atividade em 2024. "Sempre se diz que as criptomoedas são especulativas. Vemos que essa tendência está sendo aos poucos deslocada por maiores usos na economia real, principalmente na indústria de remessas, transferências entre empresas e pessoas e pagamentos no varejo e comércio eletrônico", assegura a COO da CryptoMKT. 

Por que eles preferem as criptomoedas? 

Além desses grupos terem crescido em um ambiente digital e estarem mais familiarizados com a tecnologia do que as gerações anteriores, Denise Cinelli acredita que a natureza descentralizada e digital das criptomoedas se alinha com sua preferência por soluções tecnológicas e financeiras digitais. 

“A volatilidade das criptomoedas pode ser atraente para aqueles que buscam oportunidades de investimento com alto potencial de ganhos em um curto período de tempo. Muitos jovens investidores as veem como uma forma de especulação financeira e aproveitam a volatilidade para obter lucros. Além disso, as criptomoedas permitem que as pessoas invistam com quantias relativamente pequenas de dinheiro, tornando o investimento mais acessível para aqueles que não têm grandes somas de capital”, explica a executiva. 

Por fim, as informações sobre criptomoedas estão mais acessíveis do que nunca, e as gerações mais jovens estão melhor informadas sobre esse tipo de investimento. “Plataformas educativas online, redes sociais e comunidades online desempenham um papel crucial na disseminação de conhecimento sobre criptomoedas e de acesso a este novo mundo de investimentos”, finaliza Denise.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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