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Portuários argentinos indicam outra greve de 48 horas na próxima semana

20 mai 2021 - 11h56
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As exportações de grãos da Argentina permaneceram paralisadas nesta quinta-feira devido a uma greve de trabalhadores portuários exigindo a vacinação contra a Covid-19, com os grupos trabalhistas ameaçando outra paralisação de 48 horas na próxima semana.

Grãos são carregados em navios para exportação em um porto do rio Paraná perto de Rosário, Argentina
31/01/2017
REUTERS/Marcos Brindicci
Grãos são carregados em navios para exportação em um porto do rio Paraná perto de Rosário, Argentina 31/01/2017 REUTERS/Marcos Brindicci
Foto: Reuters

A Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas da Argentina disse à Reuters que a greve na quarta e quinta-feira interrompeu a atividade portuária.

Os líderes do setor concordam que os trabalhadores portuários devem ser protegidos da Covid-19, mas o programa de vacinação da Argentina teve uma implantação lenta.

Depois de uma reunião com funcionários do governo na noite de quarta-feira, os sindicatos emitiram um comunicado dizendo que iriam "continuar a luta para proteger nossa saúde".

Eles afirmaram ainda que "estão prontos para convocar uma nova greve de 48 horas a partir da zero hora de quarta-feira, 26 de maio".

Trabalhadores portuários que preparam navios para navegar depois de carregados estavam entre os que estavam em greve, juntamente com capitães de rebocadores e marinheiros que conduzem navios de carga no porto.

Além disso, os inspetores de grãos do cais representados pelo poderoso sindicato Urgara disseram na quarta-feira que estavam se juntando à paralisação.

Os trabalhadores portuários são "essenciais" para a economia e, portanto, têm direito à vacinação, afirmaram os sindicatos.

Um porta-voz do Ministério da Saúde não respondeu a um pedido de comentário.

"Nós, como indústria, reconhecemos que todos os funcionários devem ser vacinados. O governo está tentando lidar com a situação da melhor maneira possível. É importante que os portos continuem operando e coordenando futuros programas de vacinação", disse Gustavo Idigoras, chefe do CIARA, câmara das empresas exportadoras.

A Argentina é o maior exportador mundial de farelo de soja e a terceira fornecedora mundial de milho e uma grande exportadora de trigo.

A greve acontece durante a alta temporada de exportação, quando os produtores argentinos colhem suas principais safras comerciais de soja e milho.

(Com reportagem adicional de Eliana Raszewski)

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