Poupança perde mais de R$ 3,5 bi em julho e acumula saldo negativo de R$ 70 bi no ano
Foram retirados R$ 330,1 bilhões e alocados R$ 226,6 bilhões na poupança ao longo no último mês
O saldo da aplicação na caderneta de poupança voltou a cair com o registro de mais saques do que depósitos no mês passado. Em julho, os saques superaram os depósitos em R$ 3,58 bilhões.
De acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira, 7, pelo Banco Central (BC), foram retirados R$ 330,1 bilhões e alocados R$ 226,6 bilhões na poupança ao longo do último mês.
A perda é a segunda maior apurada para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1995. O resultado negativo, entretanto, foi menor do que o verificado em julho de 2022, quando os brasileiros sacaram R$ 12,66 bilhões a mais do que depositaram na poupança.
Com o resultado de julho, a poupança acumula retirada líquida de R$ 70,22 bilhões nos primeiros sete meses do ano. Em 2022, o saldo foi negativo em R$ 103,237 bilhões, o pior ano na história da poupança.
Remuneração da poupança
Com a taxa Selic a 13,25% ao ano, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), hoje em 2,18% ao ano, mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Se a Selic estivesse igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança seria equivalente a 70% da Selic mais a variação da TR.
Embora seja a aplicação preferida dos brasileiros, a poupança rende menos que aplicações como Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e Tesouro Selic, que têm risco parecido. A poupança tem uma rentabilidade, por exemplo, 30% menor do que a Selic.