Power Balance: relembre história da 'pulseira do equilíbrio' que prometia "equilíbrio, força e energia"
No Brasil, a pulseira usada por diversos famosos sofreu com uma decisão da Anvisa que proibia publicidade vinculada a ela
A marca de pulseiras Power Balance, que prometia equilíbrio e energia, foi um sucesso nos anos 2000, mas teve sua publicidade proibida pela Anvisa e enfrentou ações judiciais por propagandas enganosas.
Se você estava por dentro do que era moda lá em meados dos anos 2000 provavelmente chegou a conhecer a Power Balance - uma pulseira que prometia "equilíbrio, força e energia". A moda virou sucesso rápido e, na mesma medida, decaiu, a partir de denúncias de propagandas enganosas.
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Hoje, as famosas pulseiras ainda são encontradas online, em um site da marca. No Brasil, uma é vendida por R$ 99,90 e quatro por R$ 199,90. Em sites não oficiais, é possível encontrá-las por preços ainda menores, como de R$ 12,50 na Shopee.
O valor está longe do qual era vendida lá em 2010. Em uma reportagem feita na época pela revista Exame, foi noticiado que as pulseiras Power Balance eram vendidas pelo valor mínimo de R$ 120 - se descontássemos a inflação dos últimos 14 anos, é claro, chegaríamos a um valor real muito maior.
Até aquele ano, cerca de 150 mil brasileiros teriam comprado a pulseira, que começou a ser comercializada em 2007. O produto estava disponível em cerca de 800 pontos de venda do País, mas o sucesso foi interrompido por uma decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Seguindo o mesmo caminho que outras agências reguladoras, a brasileira proibiu a exibição de publicidade envolvendo a Power Balance. Isso porque a pulseira era apresentada como capaz de oferecer mais equilíbrio aos usuários, força, energia e coordenação, através de "frequências em hologramas".
Tais propriedades eram questionadas pela comunidade científica. Mas, ainda assim, fez com que os irmãos norte-americanos Troy e Joshua Rodarmel criassem um império vinculado às pulseiras mágicas.
Hoje, os dois não estão mais ligados à empresa da Power Balance. Em janeiro de 2011, a marca enfrentou uma ação coletiva movida por um grupo de consumidores que se sentiram enganados pelas propagandas da pulseira.
A empresa entrou em um acordo extrajudicial de US$ 57 milhões à época, o que deu início à mudança na trajetória da companhia. Naquele mesmo ano, em dezembro, Troy deixou a Power Balance. Hoje, ele trabalha como CEO de uma empresa chamada United Fifty, LLC, também fundada por ele.
Já o outro irmão, Joshua, deixou a empresa alguns meses depois, em fevereiro do ano seguinte. Atualmente, ele se apresenta como cofundador de algumas empresas, tendo como foco o investimento em negócios diversos.