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Prates: não há pedido do governo para a Petrobras baixar o preço dos combustíveis

Segundo o presidente da estatal, isso 'não funciona assim'; na semana passada, porém, o ministro de Minas e Energia disse que esperava da empresa 'manifestação mais efetiva de redução de preço'

21 nov 2023 - 19h30
(atualizado em 22/11/2023 às 09h05)
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Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que está na reta final da elaboração do plano estratégico da estatal e que o documento deve ser aprovado no Conselho de Administração na próxima quinta-feira, 23. O tema foi discutido em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, nesta terça, 21. Também estiveram presentes os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

"Estamos na reta final para fechar o plano estratégico, então é natural que venha conversar sobre as diretrizes gerais e aprovar na quinta", disse ao sair do encontro. Prates afirmou ainda que a reunião foi "positivíssima" e que se trata de uma discussão normal sobre as diretrizes. "Não tem problema nenhum", afirmou.

Questionado sobre possíveis mudanças nos preços de combustíveis, Prates afirmou que tais alterações não funcionam a partir de um "pedido" e negou que exista qualquer solicitação do governo nesse sentido. Segundo ele, o tema não foi tratado durante o encontro nesta tarde.

"Isso não é pedido (baixar preço combustível). Essa coisa não funciona assim, não é pedido. Não existe esse pedido efetivo. Estamos praticando, seguramos um tempo com estabilidade ao longo do período de muita oscilação. A oscilação continua acontecendo, então nós vamos discutir isso e amanhã a gente volta a discutir outros assuntos para fechar plano estratégico."

Na sexta-feira, 17, porém, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, em entrevista à GloboNews, que já cobrou da Petrobras uma redução mais relevante do preços dos combustíveis, e que, se o petróleo tipo Brent se estabilizar no patamar atual, é possível que a estatal faça uma diminuição nos valores, principalmente no diesel. "Eu esperava da Petrobras manifestação mais efetiva de redução de preço", disse na entrevista.

Segundo ele, o preço do diesel poderia cair entre R$ 0,32 e R$ 0,42 o litro e o da gasolina entre R$ 0,10 e R$ 0,12 o litro.

Silveira afirmou que já conversou com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre o assunto, e que com a redução de preços a Petrobras iria contribuir com a queda da inflação e como consequência, o Banco Central poderia reduzir juros e estimular a economia. / Colaborou Denise Luna

Estadão
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