Preço da carne volta a cair em abril; picanha e contrafilé ficam mais baratas
Valor da carne bovina caiu 0,41% em abril, seguindo tendência de queda registrada no acumulado dos três primeiros meses do ano, de 2,7%
O preço das carnes manteve tendência de queda em abril, com variação abaixo da inflação do período, conforme mostrou nesta sexta-feira, 12, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que mede a inflação geral da economia brasileira. No acumulado dos três primeiros meses do ano, o preço da carne bovina registra queda de 2,7%.
Segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril o IPCA geral subiu 0,61%. Já o preço das carnes caiu 0,41% no período. As carnes que mais tiveram queda de preço foram a picanha (-3,07%), capa de filé bovino (-2,73%) e peito bovino (-2,23%). O contrafilé também variou para baixo de forma relevante (-0,86%).
"Em abril a média de preço das proteínas animais (carnes) voltou a apresentar queda de 0,41%, mostrando que a queda dos preços pode continuar sua sequência a partir de uma apreciação [valorização] do real frente ao dólar", avaliou o economista e sócio-diretor da PPK Consultoria, João Rogério Filho.
Embora também indexados ao dólar, a demanda internacional pela carne de carneiro foi maior que a queda do dólar, resultando em uma elevação de 2,15% em seu preço no mês de abril. O frango inteiro permaneceu com seus preços estáveis no mês de abril, mostrando uma ligeira queda de 0,36%.
Primeiro trimestre
Dados preliminares do IBGE mostram que 7,32 milhões de cabeças de bovinos foram abatidas no trimestre compreendido entre janeiro e março. Desse total, o resultado preliminar aponta uma produção de 1,90 milhão de toneladas de carcaças, aumento de 3,0% em relação ao mesmo período de 2022.
No acumulado dos três primeiros meses do ano, o preço da carne bovina registra queda de 2,7%. Na avaliação de Rogério Filho, considerando que a moeda americana recuou aproximadamente 5% ao longo do primeiro trimestre, isso se refletiu na cotação da carne no mercado brasileiro em reais.
"O preço das proteínas animais, determinado pela oferta e demanda internacional, são resultantes dos vetores mencionados com sua cotação indexada ao dólar", finalizou João Rogério Filho.
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