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Preço do café dispara e chega perto dos R$ 50; entenda motivos

O grão moído teve uma alta de quase 33% no acumulado dos 12 meses até novembro

13 dez 2024 - 18h02
(atualizado às 18h37)
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O Brasil o segundo maior consumidor de café do mundo, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
O Brasil o segundo maior consumidor de café do mundo, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

Quanto você estaria disposto a pagar por um cafezinho? Presente na rotina de quase todos os brasileiros, o café está cada dia mais caro. O grão moído teve uma alta de quase 33% no acumulado dos 12 meses até novembro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na terça-feira, 10, pelo IBGE. 

Cada habitante consome, em média, cerca de 6,40 kg do tipo cru e 5,12 kg dos tipos torrado e moído por ano. Isso faz do Brasil o segundo maior consumidor de café do mundo, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Para um país que consome tanto, a elevação do grão tem pesado no bolso. O pacote de 1 kg está sendo vendido nos supermercados, em média, a R$ 48,57

Segundo especialistas no setor ouvidos pelo Terra, a valorização do grão no mercado externo, bem como a seca e as altas temperaturas prejudicaram a produção de café e elevaram o preço do produto. Essa crise não é exclusividade do Brasil. Países como Vietnã, Indonésia e Colômbia também enfrentam problemas climáticos. 

“O setor cafeeiro enfrenta desafios significativos. Desde 2020, com condições climáticas muito adversas, como geadas e estiagens prolongadas, ano a ano a produção tem ficado menor, aumentando assim a incerteza da capacidade de produção da planta”, explicou Celírio Inácio, diretor executivo da ABIC.

André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor  do IBGE, também fez o mesmo diagnóstico. Ele afirma que "a valorização tanto do grão arábica como robusta no mercado externo explicam esse aumento, bem como a quebra de safra no Vietnã, grande produtor de café. Além disso, a questão climática influenciou, já que a seca pode prejudicar a produção", 

Além da seca, outros fatores também contribuem para a disparada do café, como a volatilidade cambial, a desvalorização do real e o aumento do consumo em mercados emergentes, como a China. “É um cenário complexo que exige, do industrial e do consumidor, adaptação e resiliência”, afirmou Inácio.

Perspectiva para 2025

A indústria cafeeira, assim como todo o setor, torce por chuvas adequadas entre janeiro e março de 2025, período crucial para o desenvolvimento do grão. “Condições climáticas favoráveis no Brasil e em outros países produtores são fundamentais para uma safra 2025 exitosa”, finalizou o diretor executivo da ABIC.

Fonte: Redação Terra
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