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Preço do petróleo sobe com expectativa de possível ataque a poços no Oriente Médio

Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires diz que temor do fechamento do Estreito de Ormuz ajudou o preço do barril a escalar para US$ 80

7 out 2024 - 13h59
(atualizado às 15h12)
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RIO - O receio de que Israel ataque campos de petróleo no Irã ganhou força nesta segunda-feira, 7, dia que marca um ano da guerra contra o grupo terrorista Hamas. Segundo o diretor e sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires, o temor está ajudando a commodity a escalar novamente o preço para US$ 80 o barril, principalmente pelo temor do fechamento do Estreito de Ormuz.

"Todo mundo agora tem receio que o Irã se envolva na guerra que hoje (segunda-feira, 7) completa um ano. Do ponto de vista da oferta (de petróleo), essa alta não se justifica", disse Pires ao Estadão/Broadcast, lembrando que a Guiana tem adicionado produção, assim como os Estados Unidos, e a Rússia, que mesmo em guerra tem colocado produção no mercado e continua fornecendo diesel para o Brasil.

Possíveis cortes na produção por parte de grandes exportadores para manter o preço em alta também podem estar contribuindo para a elevação do petróleo, avaliou o especialista.

Para Adriano Pires, se rumores sobre o ataque ao Irã por Israel se concretizarem, é possível que a commodity chegue aos US$ 100 o barril
Para Adriano Pires, se rumores sobre o ataque ao Irã por Israel se concretizarem, é possível que a commodity chegue aos US$ 100 o barril
Foto: Fabio Motta/Estadão / Estadão

"Além disso, a economia da China não voltou ainda. Ou seja, pela demanda não tem motivo para subir, é a questão da guerra", explicou. "O mercado está muito especulativo e os grandes produtores podem estar cortando a produção para manter o preço", acrescentou.

Por volta das 12h30, o petróleo tipo Brent subia 2,10%, ultrapassando US$ 80 por barril. A disparada do preço da commodity começou na semana passada, quando a guerra na região do Oriente Médio de acirrou com o envolvimento do Irã e Hezbollah.

Segundo Pires, a ameaça envolve o fechamento do Estreito de Ormuz, o que impediria o fluxo de 20% de todo o petróleo comercializado no mundo.

Segundo o especialista, a alta de hoje está longe de significar uma estabilização de preços em torno dos US$ 80, mas se os rumores sobre o ataque ao Irã por Israel se concretizarem, é possível que a commodity chegue aos US$ 100 o barril, preço que era esperado no passado, quando a guerra entre Israel e Hamas se somou ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

"Dependendo da força, do volume do ataque, pode chegar a US$ 100, tudo é possível", afirmou Pires.

Outro front de preocupação

O exército ucraniano disse que atingiu, nesta segunda-feira, 7, um grande terminal petrolífero na Crimeia. Segundo autoridades ucranianas, o local tem fornecido combustível ao exército russo e o ataque é parte de um esforço contínuo para "minar o potencial militar e econômico da Rússia". Autoridades russas na cidade de Feodosia, na costa do Mar Negro, relataram um incêndio no terminal, mas não disseram o que pode tê-lo causado.

Durante a guerra, a Ucrânia desenvolveu drones de longo alcance para atingir depósitos e refinarias de petróleo, bem como arsenais. O objetivo é prejudicar a capacidade da Rússia de dar suporte às unidades de linha de frente, especialmente na região oriental de Donetsk, onde o foco russo está sobrecarregando as cansadas forças ucranianas. /Com Associated Press

Estadão
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