Inflação perde força, e IGP-M chega a 11,63% em 12 meses
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) atingiu 11,63% no acumulado dos últimos 12 meses até julho, resultado que teve o impacto da desaceleração na passagem de junho (1,69%) para julho (0,18%). De janeiro a julho, a taxa subiu 6,09%.
Apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o IGP-M serve de parâmetro para o reajuste do aluguel, entre outros tipos de correções. A taxa foi calculada com base nos preços coletados entre 21 de junho e 20 de julho.
Dos três componentes do índice, o que mais contribuiu para a redução no ritmo de alta foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) com variação negativa de 0,01% ante 2,21%. Esse resultado reflete, principalmente, o segmento de matérias-primas brutas com recuo de 1,96% depois de ter sido registrada alta de 3,66%, em junho.
Entre os itens, destaque para a soja em grão (de 14,8% para -3,68%); milho em grão (de 5,65% para -11,19%) e minério de ferro (de -3,56% para -9,17%). Já os produtos em alta foram mandioca (de -5,32% para 2,95%); leite in natura (de 4,91% para 8,03%) e café em grão (de 1,83% para 4,99%).
O IGP-M também reflete o decréscimo dos preços no varejo. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de uma alta de 0,33% em junho para 0,29% em julho. Dos sete grupos pesquisados, o de habitação foi o que mais ajudou a conter o avanço (de 0,69% para 0,13%) sob a influência da tarifa de eletricidade residencial (de 0,89% para -1,04%).
A taxa teve ainda a contribuição de uma queda no setor da construção civil. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou variação de 1,09% ante uma alta de 1,52% em junho. Houve baixas no ritmo de correção tanto em materiais, equipamentos e serviços (de 0,26% para 0,12%) quanto em mão de obra (de 2,64% para 1,93%).