Presidente do BC japonês rejeita visão de que política monetária ultrafrouxa prejudicou credores regionais
O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse nesta quarta-feira que "não pode aceitar" a visão de que a política monetária ultrafrouxa da instituição levou à deterioração da saúde dos credores regionais.
"É verdade que o ambiente de taxas de juros baixas do Japão teve um impacto sobre os credores regionais por meio de vários canais", disse Kuroda ao Parlamento.
"Mas a economia do Japão se expandiu moderadamente graças, em parte, à agressiva flexibilização monetária do Banco do Japão", que também ajudou a impulsionar o crescimento nas áreas em que os bancos regionais operam, disse ele.
Falando na mesma sessão do Parlamento em que Kuroda fez seus comentários, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, afirmou que fusões e consolidações estão "entre as opções" para os credores regionais.
"Os credores regionais desempenham um papel muito importante em suas comunidades, inclusive apoiando negócios regionais. Precisamos ter isso em mente ao orientar a política monetária", disse Kishida.
O Banco do Japão tem sido criticado por alguns parlamentares pelo custo crescente e retorno fraco de sua prolongada política monetária ultrafrouxa, que não conseguiu aumentar a inflação para sua meta de 2% e reduziu a margem que os bancos comerciais ganham ao emprestar dinheiro.